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Bibliografia Científica de Orlando Ribeiro (1951-1960)
1951
99.
“Agriculture in West Africa”, Indian Geographical
Journal, Madras, , 1951, p. 65-72.
Tradução
de um original escrito em francês (veja-se o nº 109
desta Bibliografia):
aspectos particulares do campo” em áreas da Guiné,
em comparação com os de áreas rurais
mediterrâneas.
100.
“L’Aménagement du terroir agricole”, UGI.
Commission pour l’étude de la Géographie
Agraire.
(Programme
de travail pour le Congrès de Washington, 1952), Lisboa, 1951,
p. 5-12.
Em
reunião da Comissão de Geografia agrária,
reunida em Paris, sob a presidência do Prof. Daniel Faucher,
ficou decidida a preparação de dois relatórios
introdutórios sobre “1. L’aménagement du
terroir agricole. 2. Les polycultures”. Do primeiro se
encarregaria O. Ribeiro, Secretário daquela Comissão.
“Avec l’étude de l’aménagement
du terroir, nous touchons à l’un des problèmes
fondamentaux de la Géographie Agraire, celui de l’organisation
de l’espace mis en culture, qui détermine, avec les
formes de l’habitat, l’aspect des paysages ruraux”
(p. 5).
101.
Distribuição da população de
Portugal - 1940, Lisboa, Instituto para
a Alta Cultura - Centro
de
Estudos Geográficos, 1951, mapa na escala de 1 500 000 em 2
folhas (Norte e Sul).
Elaborado
sob a direcção de O. Ribeiro, com a colaboração
de M.ª Augusta Plácido Santos, M.ª Alice Romão
Magro, Ângelo Raposo e J. Ribeiro Lisboa. Em manchas a cores
são indicadas as áreas de altitudes acima de 700 m, de
bosques (principalmente pinhais) e de areais, por meio de pontos, em
que cada um representa 100 habitantes, as povoações de
mais de 175 habitantes são figuradas por uma construção
geométrica de pontos, e as de mais de 950 por um círculo
proporcional ao número de pontos que lhe corresponde; ao lado
está inscrito um número que indica a população
em centenas de habitantes; o mapa inclui ainda, na folha Sul, um
cartograma do Porto e arredores, na escala de 1:250 000.
102.
“Montanhas pastoris de Portugal. Tentativa de representação
cartográfica”, Comptes Rendus du Congrès
International de Géographie, Lisbonne 1949,
Lisboa, III (Travaux de la Section IV), 1951, p. 59-69, 4 figs.,
bibliografia.
Em
colaboração com Maria Augusta Plácido Santos,
nas Actas da Secção de Geografia Humana e Geografia
Económica, são apresentados aspectos geográficos
da metade setentrional de Portugal, acima de 700-800 metros de
altitude, e da sua economia agrária; as figuras correspondem a
mapas que contribuem para a análise da criação
de gado e do pastoreio nas montanhas portuguesas.
103.
“Paysages ruraux en Méditerranée et en
Afrique Noire Occidentale”, Comptes Rendus du Congrès
International de Géographie, Lisbonne 1949, Lisboa,
III (Travaux de la Section IV), 1951, p., 483-484.
Comparação
de paisagens rurais « En Méditerranée comme en
Afrique Noire, Il y a toutes les formes de transitions possibles
entre le champ, le verger, les cultures maraichères, la
forêt, les pacages» (p. 483).
104.
“Les transformations de l’habitat et des cultures
dans la contrée de Pinhal Novo (Portugal)”, Comptes
Rendus du Congrès International de Géographie,
Lisbonne 1949, Lisboa, III (Travaux de la Section IV), 1951,
p., 483-484.
Em
colaboração com J. Ribeiro Lisboa, nas Actas da Secção
de Geografia Humana e Geografia Económica, um exemplo da
transformação da paisagem rural consecutiva à
divisão da grande propriedade; trabalho feito com base em
inquéritos locais e na comparação da carta de
1892 com as actuais.
105.
“Três notas de Geomorfologia da Beira Baixa”,
Comunicações dos Serviços Geológicos
de Portugal, Lisboa XXXII, 1951, p. 271-294, 6 figs., 3 ests.,
bibliografia, notas de rodapé.
1 -
Um episódio da luta pela drenagem entre o Tejo e o Zêzere
(capturas da Bazágueda e da Meimoa). 2 - O problema da
formação dos vales a leste da Cova da Beira. 3 - A
idade dos montes-ilhas. “Além da contiguidade, um nexo
evidente aconselha a reunir estas notas...” (p.
271).
1952
106.
“L’Aménagement du terroir agricole”,
Tijdschrift voor Economische en Sociale Geografie,
Roterdão, 10/11 (Ano 43º.), 1952, p. 251-257.
Trata-se
do texto já mencionado, anteriormente, em nº 100 desta
Bibliografia, 1951.
107.
“Cuestionario de Geografia Regional - Coimbra, 1938”,
Estudios Geográficos,Madrid, XIII (47),
1952, p. 375-388.
Tradução
do Inquérito de Geografia Regional, preparado em
Coimbra em 1938 (nº 11 desta Bibliografia.
108.
“Sur les divisions géographiques dans les études
régionales”, Comptes Rendus du Congrès
International de Géographie, Lisbonne 1949,
Lisboa, IV (Travaux des Sections V, VI et VII), 1952, p. 356-358.
Nas
Actas, secção VII - “Metodologia; ensino e
bibliografia”, uma proposta de esclarecimento de termos como
área, zona, domínio, região (região
económica e região histórica), seguida de
discussão.
109.
“Sur quelques traits géographiques de la Guinée
Portugaise”, Conferência Internacional dos
Africanistas Ocidentais, Bissau 1947,Lisboa, IV
(1.ª Parte), 1952, p. 9-25
Das
Actas, publicadas pela Junta de Investigações
Coloniais, o texto engloba: introdução; estrutura e
relevo; clima; povos e culturas; os povos do interior e do litoral;
actividades e características das paisagens; conclusão.
1953
110.
“L’Aménagement du terroir en Afrique Occidentale”,
Bulletin de la Société Royale de Géographie
d’Egypte, Cairo, XXV, 1953, p. 165-177, 1 fig., 6 ests,
bibliografia.
Agricultura
de mato e agricultura de bolanha; as árvores;
técnicas e utensílios para trabalhar a terra; as casas
e o povoamento; aspectos regionais. Deste texto se fez a
tradução inglesa, “Agriculture in West Africa”
(veja-se o nº 99 desta Bibliografia), entretanto
publicada mais cedo.
111.
“As erupções do Fogo e a vida da ilha”,
Cabo Verde, Boletim de Propaganda e Informação,
Praia, 41 (Ano IV), 1953, p. 13-15, 1 est.
Pequeno
artigo sobre as erupções, em particular a de 1951 e
prejuízos causados; o relevo da Ilha do Fogo.
112.
“A Planície”, Panorama, Lisboa, 7-8 (II.ª
Série), 1953, s. p., 15 fotos.
Significado
geográfico de “planície”. No Sul do País,
“a planície é,portanto, o
domínio de uma relativa aridez, com árvores de folhas
duras e perenes, culturas de sequeiro, pontos de água
distantes...”, são ainda referidos aspectos da evolução
histórica e da humanização das paisagens.
113.
“Portugal e o ‘Algarve’: singularidade de um nome
de província”, Boletim de Filologia, do
Centro de Estudos Filológicos de Lisboa, Lisboa, XIV (3 e 4),
1953, p. 330-339, notas bibliográficas de rodapé.
Em
sumário o autor indica os temas: de Portucale a Portugal;
nomes de terras ou tenências; comarcas e províncias -
formação e evolução dos seus nomes; o
“reino” do Algarve; incorporação,
desenvolvimento e isolamento desta região.
114.
“Casa Grande e Senzala”; Voz de S. Tomé, 22
de Dezembro de 1951, reproduzido em Gilberto Freyre, Um
Brasileiro em Terras Portuguesas, José Olympo Editora, Rio
de Janeiro, 1953, p. 413-415.
Breves
notas acerca do livro de Gilberto Freyre, Casa Grande e Senzala,
“porventura a mais rica e vigorosa das suas obras”, e
assinaladas algumas semelhanças com a criação e
desenvolvimento de roças em S. Tomé.
1954
115.
“L’Aménagement de l’espace”,
Proceedings of the Pan Indian Ocean Science
Congress, Perth, Section F, 1954, p. 31-35, notas de rodapé.
Introdução
sobre qual a parte do meio geográfico local e das
contribuições culturais do exterior, na organização
do espaço. O quadro geral de tais pesquisas; o ambiente
físico; a estabilidade dos grupos humanos: os modos de vida;
contactos ou isolamento; as paisagens; o povoamento; a cidade; a
circulação; o planeamento.
116.
“Celestino da Costa e a cultura nacional”, Gazeta
Médica Portuguesa, Lisboa, VII (1), 1954, p. 71-73.
Em
homenagem prestada, o autor escreveu: “... personalidade do
Professor que neste momento encerra a sua carreira oficial pode
apresentar-se como exemplo, não apenas de uma vida devotada à
Ciência, mas também a um ideal de civismo, servindo,
através do trabalho científico, a criação
ou o revigoramento de uma mentalidade nacional” (p. 7). O texto
seria retomado em Variações sobre Temas de Ciência,
Lisboa 1970, p. 225-232 (veja-se o nº 231 desta
Bibliografia).
117.
“Estrutura e relevo da Serra da Estrela”, Boletín
de la Sociedad Española de Historia Natural, Madrid,
Tomo de homenage a E. Hernández-Pacheco, 1954, p. 549-566, 2
figs., bibliografia.
Introdução.
Escadaria de blocos da parte mais elevada. Contorno tectónico
da parte setentrional. O fosso do Alto Mondego. Fracturas e “escarpas
múltiplas, dispostas numa escadaria marginal, e sulcos
tectónicos interiores, deslocamentos ao longo de planos de
fractura paralelos.” (p. 565).
118.
A Ilha do Fogo e as suas erupções,
Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, Col.
“Memórias”, - Série Geográfica,
1954. (Difusão da 1ª edição apenas
realizada em 1957, (2ª edição, 1960), 319 p. 41
figs., estampas XLI, e 1 mapa topográfico, escala 1:150.000,
em fim de texto, notas de rodapé e bibliografia.
Escrito
para dar conta do estudo da erupção de 1951,
constitui uma geografia completa da Ilha, descrevendo as
condições de vida dos seus habitantes e os difíceis
problemas do Arquipélago. A primeira parte corresponde à
“Geografia da ilha do Fogo” e a segunda trata de “As
erupções da ilha do Fogo” (p. 225-303).São
seus capítulos da Primeira Parte, depois de uma introdução
sobre as Ilhas Atlânticas: I - As formas do relevo. II - Clima
e vegetação. III - O passado da colonização.
IV - A vida rural. V - A casa e a VI - A circulação, o
mar e o comércio. VII - As crises: miséria e redenção.
- Conclusão. Na Segunda Parte aparecem: I - História
das erupções. II - Descrição da erupção
de 1951,com diversos elementos (posição das
crateras; carácter da emissão; natureza dos produtos;
derrames de lava; duração; outros fenómenos).
“No remate deste trabalho, o leitor estimará saber até
que ponto o Fogo é um caso ou um exemplo, em que
consiste a sua “personalidade” e o que nela há de
comum (e por isso de demonstrativo) com a natureza e a vida das ilhas
de Cabo Verde” (p. 217).
119.
“As Ilhas Atlântidas”, Naturália, Revista
de Divulgação de Biologia e História Natural,
Lisboa, n.° 3, IV (III) - 2.ª Série, 1954, p.
108-116, 6 fotos, notas de rodapé.
Artigo
com informações gerais sobre aquelas ilhas. “Desde
os primeiros tempos, o destino das Ilhas Atlântidas parece ser
o de enfeixar relações distantes” (p. 116).
120.
“Paysages à Inselberg”,
Proceedings of the Pan Indian Ocean
Science Congress, Perth,
Section F, 1954, p. 29-30.
Breve
revisão dos conhecimentos existentes sobre tais formas de
relevo: definição; natureza das rochas; forma típica
do relevo; depósitos associados; relações com a
rede hidrográfica e com o clima; processos de modelação.
Síntese valiosa sobre tais formas de relevo.
1955
121.
Aspectos e problemas da Expansão portuguesa, Lisboa,
Publicações da Fundação da Casa de
Bragança, 1955, em separata, 33 p.
Apresentados
como lição inaugural do Curso de Férias da
Faculdade de Letras de Lisboa, em Julho de 1954, repetidos em Vila
Viçosa, os temas deste ensaio são os seguintes:
significado e filiação; continuidade ou novidade?; como
se alargou um povo; conjecturas acerca da origem dos povoadores;
difusão de culturas - fortuna do milho; enriquecimento do
património agrário tropical; conclusão. O texto
seria incluído em livro com o mesmo título, Lisboa,
1962, p. 13-32 (veja-se nº., 161 desta Bibliografia).
122.
Portugal, Barcelona, Montaner y Simón, S. A., 1955,
Tomo V de Geografia de España y Portugal, 290
p., 39 figs., XXXI pág. de ests., 2 mapas entre p. 12-13 e
248-249, Apêndice (p. 261-268), bibliografia e notas de rodapé.
Depois
de uma Introdução, inclui os seguintes capítulos:
I - As formas de relevo. II - Clima, regime de águas e
vegetação. III - Tradição, cultura e
formação do Estado. IV - A população. V -
A vida rural. VI - Povoamento e circulação. VII - O
mar, a costa e a vida litoral. VIII - Aspectos essenciais da economia
portuguesa. IX - As regiões geográficas. Índices
alfabéticos e o Apêndice. “Portugal
examinado a esta luz (combinación
original y fecunda de dos elementos: territorio y civilización),
es un lugar singularmente rico de aspectos
y enseñanzas” (p. 10). “Asila diferenciación
del territorio português se asienta en
hechos de geografía humana, puesto
que las influencias naturales que en él
se entrelazan le niegan unidad e
individualidad” (p. 12). (Vejam-se nºs. 377, 380,
387 e 389 desta Bibliografia).
123
“Primórdios da ocupação das Ilhas de Cabo
Verde”, Revista da Faculdade de Letras, Universidade
de Lisboa, Lisboa, XXI (1) - 2.ª Série, 1955, p. 92-122,
notas de rodapé.
Ensaio
sobre o descobrimento das ilhas; o povoamento da ilha de Santiago;
análise das cartas de doação de capitania; as
primeiras ilhas ocupadas e o arquipélago nos alvores do séc.
XVI; a ilha de Santiago nos meados do séc. XVI; relações
com o Brasil; papel de Cabo Verde na expansão portuguesa. O
texto seria incluído em Aspectos e Problemas da Expansão
Portuguesa, Lisboa, 1962, p. 129-169 (veja-se nº., 161 desta
Bibliografia).
124.
“São Paulo. Metrópole do Brasil” Brasília,
Instituto de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, Coimbra, IX (V), 1955, p. 243-256, 2 figs.,
notas de rodapé.
Em
número comemorativo do 4.º Centenário da Fundação
de São Paulo e do 3.° Centenário da Restauração
Pernambucana: caracterização geográfica de São
Paulo, “uma enorme cidade americana”; o seu poder de
atracção e os imigrantes das mais variadas
procedências. São Paulo, desde a fundação
(aldeia de Piratinga) à metrópole actual; o café
e o comércio como motores fundamentais dessa transformação;
o afluxo de capitais e o desenvolvimento industrial; a
organização do território.
125.
“Em torno da estrutura de Lisboa”, Diário
Popular, Lisboa, 29 de Agosto de 1955.
Lisboa
e a sua evolução, desde o “sítio bem
singular” às diversas fases de expansão do tecido
urbano, com efeitos da imbricação do urbano e do rural,
das alterações das relações entre a
cidade e o rio, dos alongamentos para o interior planáltico.
“Cada traço de uma época da sua longa história
merece ser conservado como uma peça preciosa do seu tesouro
espiritual.
1956
126.
“Acerca do planeamento regional”, IVº Congresso
da União Nacional - Resumo das Comunicações,
2.ª Secção - Vida Económica,
Lisboa, 1956, p. 264-267.
Escrito
em colaboração com Francisco Tenreiro, reflexões
sobre o planeamento regional como desenvolvimento e extensão
do urbanismo; estudo de uma região e métodos de análise
regional; aplicação de métodos.
127.
“A Cruz e o Tulôsse. (Imagens de Goa)”, Diário
Popular, Lisboa, 9 de Novembro, 1956.
Foi
publicado naquele jornal vespertino de Lisboa: “Dum lado a cruz
que santifica uma várzea; do outro, o tulôsse
àentrada de uma casa”... “A terra de
Goa é pequena, escassa a sua população. Mas foi
aqui que, pela primeira vez, Oriente e Ocidente entraram em contacto
íntimo, directo e profundo”. O texto seria integrado em
Aspectos e Problemas da Expansão Portuguesa, Lisboa,
1962, p. 185-189 (veja-se nº., 161 desta Bibliografia).
128.
A Festa de São Francisco Xavier em Velha Goa, Garcia da
Orta, Lisboa, Numero especial, 1956, p. 175-181
Publicado
na revista das Missões Geográficas e de Investigações
do Ultramar. “São Francisco Xavier, padroeiro de Goa, é,
na verdade, mais do que um santo celebrado no calendário
cristão: é o verdadeiro patrono espiritual desta terra,
a quem Hindus, Mouros e Parses prestam se não culto, ao menos
respeitosa veneração” (p. 179). Reportagem da
festa religiosa (novena em honra do santo), que na altura coincidia
com uma feira das mais importantes de Goa (24 Novembro-3 Dezembro),
“criando uma e outra aquele contraste entre o bulício
dos terreiros e o recolhimento do interior das igrejas, que é
um dos traços mais salientes no ambiente das romarias do Norte
de Portugal” (p. 175). O texto seria integrado em Aspectos e
Problemas da Expansão Portuguesa, Lisboa, 1962, p. 191-197
(veja-se nº., 161 desta Bibliografia).
129.
“Goa. Algumas observações de geografia tropical,
por Pierre Gourou”, Garcia de Orta, Lisboa, Número
especial, 1956, p. 79-88, notas de rodapé.
Publicado
na revista da Junta das Missões Geográficas e de
Investigações do Ultramar, esta tradução
e notas de um artigo de 1950-1951: o território e os
contrastes entre o “mundo estéril e enegrecido dos
planaltos” e “o mundo vivo e verdejante dos vales”;
Velha Goa e a importância da sua história; a presença
portuguesa; a emigração goesa como “solução
que os Goeses encontraram para o problema levantado pela decadência
económica e política do império português
do oceano Índico” (p. 84), segundo P. Gourou.
130.
“Goa, por Norberto Krebs”, Garcia de Orta, Lisboa,
Número especial, 1956, p. 89-100, 1 quadro, notas em fim de
texto.
Tradução
feita por A. Jorge Dias de um artigo de N. Krebs (p. 89-97),
publicado em 1933, anotado por O. Ribeiro (p. 97-98): o território
(aspectos de clima, de relevo e de vegetação) e a
população; formas de organização dos
espaços; a estrutura social e política; aspectos das
actividades económicas.
131.
“As ilhas de Cabo Verde no princípio do século
XIX”, Garcia de Orta, Lisboa, IV (4), 1956, p. 605-634,
notas de rodapé e em fim de texto.
Na
revista da Junta das Missões Geográficas e de
Investigação do Ultramar, notas sobre memórias
inéditas de António Pusich, escritas enquanto foi
Intendente de Marinha das Ilhas e depois Governador: biografia
do autor e dados sobre a época em que viveu; reprodução
dos textos de “Memória ou descrição
físico-política das ilhas de Cabo Verde-1810” e
do “Ensaio Físico e Político da ilha de São
Nicolau -1803”.
132.
Inquérito das aldeias de Goa, Goa, Missão de
Geografia da Índia, 1956, 26 p.
Inquérito
destinado “a colher elementos acerca da maneira de viver da
população de Goa, das suas necessidades e desejos”
(p. 3). O documento foi preparado em colaboração com
outros membros da Missão subsidiada pela Junta de
Investigações do Ultramar: a família; a casa; a
mobília; a alimentação; de que vive a
família; exploração agrícola; comércio
e circulação; vida de relação; instrução.
133.
“Originalidade da Expansão Portuguesa”, Boletim
da Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa, 74.ª
Série (4-6), 1956, p. 127-141.
Conferência
inaugural da Semana do Ultramar, proferida naquela Sociedade, em 14
de Maio de 1956, sobre ternas como, as terras descobertas, “cristãos
e especiarias”, a unidade do mundo português. O texto
seria integrado em Aspectos e Problemas da Expansão
Portuguesa, Lisboa, 1962, p. 65-74 (veja-se nº., 161 desta
Bibliografia).
1957
134.
“A Geografia e a divisão regional do País,
Problemas da Administração Local. Lisboa, Centro de
Estudos Político-Sociais, 1957, e em separata, Lisboa.
Biblioteca do Centro de Estudos Político-Sociais, 1957, 32 p.
Texto
de comunicação apresentada na sede daquele Centro no
dia 9 de Janeiro de 1957. A divisão tradicional do País
(referências históricas); a divisão do País
em regiões naturais ou regiões geográficas;
características de uma divisão geográfica;
objectivos de urna divisão administrativa. Numerosa
bibliografia é citada no decorrer do texto.
135.
“The Portuguese Province of Guinea. Land of
estuaries and rivers”, West
Africa. A Study of the Environment
and of Man’s
Use of it, Londres, Longmans,
Green and Co., 1957, p. 272-278, 1 fig.,
bibliografia.
Em
livro que teve R. J. Harrison Church como orientador e coordenador,
que também traduziu o original francês de O. Ribeiro:
introdução; população; clima e vegetação;
geologia, relevo e grandes regiões; recursos económicos;
comunicações; conclusão. (Em 1961 apareceu uma
3.ª edição).
136.
“A cinza do vulcão”, [Jornal não
determinado], 25 de Outubro de 1957.
1958
137.
“Duas Palavras”, em Romanceiro Português,
coligido por J. Leite de Vasconcellos, Coimbra, Acta
Universitatis Conimbrigensis, I,1958, p. VII-X.
Palavras
de abertura do 1.º volume, publicado pela Universidade de
Coimbra em comemoração do Centenário do
nascimento de J. Leite de Vasconcellos, iniciando “a longa
série das obras inéditas inteiramente preparadas depois
do falecimento do autor” (p. VII). Referências à
Etnografia Portuguesa – edição dos volumes
suplementares – e às pessoas que se têm ocupado da
sua preparação. Palavras de introdução ao
texto de R. Menéndez Pidal, em p. XI-XXI.
138.
“Notícia introdutória” e “Conclusão”,
in Dr. Leite de Vasconcellos, Etnografia Portuguesa –
Tentame de Sistematização, Lisboa, Imprensa
Nacional, 1958, Vol. IV, p. VI-XXVII e p. 625-633, notas em rodapé.
Vida
e obras de J. Leite de Vasconcellos. “Começou a
redigir-se a Etnografia no 1.º dia do ano de 1928, em
Coimbra”, (p. IX) “A Etnografia é, de
facto, o fulcro da sua vida intelectual” (p. XI); os papéis
deixados por J. Leite de Vasconcellos e seu destino; o testamento e
as suas cláusulas. A acção de Manuel Viegas
Guerreiro e de outros colaboradores. As ideias de Religiões
da Lusitânia... “O povo português é uno”
(p. 627); os grupos étnicos. “A unidade do povo
português e a sua continuidade, a partir de um remoto
agrupamento humano, que iluminam debilmente os primeiros alvores da
história, desejaria Leite de Vasconcellos pôr como
remate do presente livro da sua grande obra. Estas ideias, que
não foi possível desentranhar com rigor e clareza do
material aqui acumulado, serão antes o fio condutor que vai
ordenar o livro seguinte da EP: a vida tradicional” (p.
633).
139.
“Um povo na Terra”, Portugal. Oito séculos de
História ao serviço da valorização
do homem e da aproximação dos povos, Lisboa,
Comissariado Geral de Portugal para a Exposição
Universal e Internacional de Bruxelas de 1958, 1958, p. 33-38, notas
de rodapé.
Publicado
por ocasião daquela Exposição, contém
numerosas referências à expansão portuguesa
- as ilhas, como pontes para o ultramar; uma rede de cidades
marítimas; comércio ultramarino e difusão de
culturas; assimilação e mestiçagem; variedade e
unidade de Portugal; Portugal no Mundo. O texto foi retomado em
Aspectos e problemas da Expansão Portuguesa Lisboa,
1962, p. 33-51 (veja-se nº., 161 desta Bibliografia).
140.
“La terre et l’homme”, Portugal. Huit siècles
d’histoire au service de la valorisation de
l’homme et du rapprochement entre les peuples, Lisbonne,
1958.
É
a tradução do artigo anteriormente citado.
141.
“Presença de José Leite de Vasconcellos”,
Diário Popular, Lisboa, 27 de Fevereiro de 1958, supl.
“Quinta-feira à tarde”.
Nota
por altura da saída do 1.° volume do Romanceiro
Português. “Este autor que, a cem anos do nascimento
e a quase vinte da morte, ainda publica, suscita problemas e inspira
trabalhos (veja-se, por exemplo, a rica monografia, dedicada à
sua memória, que o seu discípulo Baltasar Lopes da
Silva acaba de consagrar ao “Dialecto Crioulo de Cabo Verde”)”,
“Leite de Vasconcellos é um mestre vivo...”.
142.
“Primeira notícia da erupção dos
Capelinhos na ilha do Faial”, Naturália, Revista
de Divulgação de Biologia e História Natural,
Lisboa VII (III), 1957-1958; em separata, 1958, 33 p., 3 figs., XIV
pág. ests., notas de rodapé.
Em
colaboração com Raquel Soeiro de Brito, resultados de
observações feitas de 5 a 22 de Outubro de 1957 e de 4
a 22 de Janeiro de 1958: 1 - Uma paisagem que se vê formar. 2 -
Erupções submarinas. 3 - Posição do novo
vulcão. 4 - Primórdios da erupção. 5 -
Primeiras manifestações. 6 - Presença do mar na
cratera; sua influência no decurso da erupção. 8
- Paroxismos explosivos. 9 - Queda de cinzas. 10 - Abatimento do
primeiro ilhéu - acalmia e renovo da erupção. 11
- Ritmo da erupção. 12 - Migração da
cratera. 13 - Volume do material ejectado e modificações
do relevo. 14 - A erupção e vida da ilha. 15 -
Conclusão.
143.
“Raízes antigas da Geografia brasileira”, Revista
Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, 3 (Ano XX), 1958, p.
319-325.
Lição
inaugural do Curso de Altos Estudos Geográficos, realizado na
Universidade do Brasil, em Agosto-Setembro de 1956: A descoberta do
Brasil; a formação do território (aspectos
físicos e humanos); posição do Brasil.
144.
“Viagens e negócios de um mercador português do
século XVII”, Garcia de Orta, Lisboa,
1958, p.335-343, 6 (2).
Profª
Virgínia Rau se ficou a dever o conhecimento de “O
Livro de Rezão de António Coelho Guerreiro”,
Lisboa, 1956, personagem nascida por volta de 1653em Santiago
do Cacém, que foi viajante e comerciante, e também
serviu na capitania de Pernambuco, em Angola, na Índia e em
Timor, tendo ocupado altos cargos governativos. Das suas actividades
pode-se fazer uma imagem das importantes relações,
regulares, entre o Brasil, a África e o Oriente. O texto do
artigo seria também incluído em Aspectos e problemas
da Expansão Portuguesa, Lisboa, 1962, p. 199-213, 1 fig.
(veja-se nº., 161 desta Bibliografia)
1960
145.
Atitude e Explicação em Geografia Humana, Porto,
Galaica, 1960, 71 p.
Livrinho
dedicado a Paulo Quintela, contém os seguintes capítulos:
I - O homem na Geografia. II - Tendência ecológica.
III - Tendência corológica. IV - Indeterminismo das
acções humanas. V - Civilização e
natureza VI - Localismo e ubiquidade. VII - Contactos e experiências.
VIII - Génese e universalidade da civilização
industrial. IX - Confins imprecisos. X - Limites da interpretação.
Apêndice: Geografia humana (p. 63-70). Este Apêndice
corresponde ao artigo publicado em 1934 (nº 1. desta
Bibliografia). Olivro seria traduzido para francês,
publicado em Cahiers de Géographie de Québec,
1962 (veja-se nº., 162 desta Bibliografia).
146.
“Uma biografia francesa de D. Pedro IV”, Diário
de Lisboa, Lisboa, 5 de Janeiro de 1960.
Nota
acerca da obra de Denyse Dalbian, Dom Pedro, Empereur du Brésil,
Roi du Portugal (1798-1834), Paris, 1959. O
texto seria incluído em Variações sobre Temas
de Ciência, Lisboa, 1970, p. 263-269, (veja-se nº.,
231 desta Bibliografia).
147.
“Civilisation et milieu”, XIX International
Geographical Congress. Abstracts of Papers,
Estocolmo, 1960, p. 246.
Resumo
de comunicação. A posição de P. Gourou
com a afirmação de a civilização ser “la
clef de l’explication en Géographie”, mas é
também importante o papel do meio, pois “les
civilisations se sont mises en place dans les milieux qui convenaient
Ie mieux à l’efficacité de leurs techniques”...
“on aurait tort de sous-estimer la part de la nature dans
l’explication même de la civilisation”.
148.
“Ernest Fleury e o ensino da Geologia”, Boletim da
Sociedade Geológica de Portugal, Porto, XIII, 1960, p.
303-308.
Impressões
de O. Ribeiro como aluno de E. Fleury e atractivos do ensino deste
professor - “As suas aulas eram um modelo de estrutura, de
ordenação e de clareza” (p. 305). Vinda de E.
Fleury para Portugal e notas biográficas: referências à
bibliografia publicada por Décio Thadeu (86 títulos, de
1903 a 1944) e às actividades de E. Fleury em Portugal. O
texto seria retomado em Variações sobre Temas de
Ciência, Lisboa, 1970, p. 241-250 (veja-se nº., 231
desta Bibliografia).
149.
“O Infante e o Mundo Novo”, Arquivos da Universidade
de Lisboa, Lisboa, XIX (I) - Nova Série, Homenagem ao
Infante D. Henrique, 1960, p. 147-161; em separata, 1961,
17.
Oração
proferida no Solene Acto Académico com que, em 25 de Março
de 1960, a Universidade de Lisboa se associou às comemorações
do V.° Centenário da morte do Infante D. Henrique: O
conhecimento do “Mundo Novo” através da leitura de
textos antigos; bases que permitiriam o povoamento das ilhas;
valorização das terras novas; transferência de
população: papel desempenhado pelo “pequeno
povo” capaz do milagre da Expansão. O texto seria
integrado em Aspectos e problemas da Expansão Portuguesa,
Lisboa, 1962, p. 53-64 (veja-se nº., 161 desta
Bibliografia).
150.
“A Lição do Prof. Orlando Ribeiro”,
Arquivos da Escola Médica de Goa, Bastorá - Goa,
33, 1960; em separata, 5 p. (Extr. do Heraldo, n.°13
837).
Trata-se
apenas de um resumo da lição proferida no dia 9 de
Fevereiro de 1956, na sala da Biblioteca da Escola Médico-Cirúrgica
de Goa, sobre aspectos geográficos da Guiné e suas
semelhanças com os de Goa.
151.
“Originalidade de Goa”, III.° Colóquio
Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, Lisboa,
Actas I - Secção I, 1960, p. 170-179, notas de rodapé.
Goa
no quadro da Expansão portuguesa; assimilação e
mestiçagem; entre dois mundos. Evocação das
condições históricas e sociais que, de certo
modo, constituíram as premissas do estudo da fisionomia
geográfica de Goa e da sua originalidade no conjunto da
Expansão portuguesa. “Nenhuma inovação no
comércio ou na vida rural, permanência das formas de
ocupação e de organização do espaço,
mas assimilação profunda acompanhada de uma
insignificante mestiçagem; por outro lado, a originalidade
de Goa na Índia” (p. 179). O texto seria integrado em
Aspectos e Problemas da Expansão Portuguesa, Lisboa,
1962, p. 173-184 (veja-se nº., 161 desta Bibliografia).
152.
“Prefácio”, in Raquel Soeiro de Brito,
Palheiros de Mira. Formação e declínio
de um aglomerado de pescadores, Lisboa, Centro de Estudos
Geográficos, Col. Chorographia, 1960, p. 9-17.
A
primeira visita a Palheiros de Mira (cerca de 1949); razões da
urgência de se elaborar uma monografia do aglomerado, pois “no
seu aspecto tradicional e genético, era uma povoação
singularmente ‘ajustada’ ao ambiente” (p. 11);
Palheiros de Mira, como exemplo de tema a estudar em Geografia
aplicada.
153.
“Reflexões em torno da Expansão Portuguesa”,
Palestra, Lisboa, 9, 1960; em separata, 16 p., nota de rodapé.
Conferência
proferida no Liceu Pedro Nunes, Lisboa, 16 de Março de 1960:
três domínios de navegação (o da Europa e
da periferia setentrional do Índico; o do Extremo-Oriente; o
do Pacífico); os chineses na costa de África;
progressos da navegação do Ocidente; estímulos
da Expansão; uma civilização integradora;
elementos da universalidade. O texto existe também em
Aspectos e Problemas da Expansão Portuguesa, Lisboa,
1962, p. 75-92 (veja-se nº., 161 desta Bibliografia).
154.
“Sur la corrélation de niveaux eustatiques”, XIX
International Geographical
Congress. Abstracts
of Papers, Estocolmo,
1960, p. 245-216.
Resumo
de comunicação: escalonamento de níveis
eustáticos e problemas da sua correlação,
entre locais muito afastados uns dos outros; importância
relativa do estudo de tais níveis.
155.
“Sur un style de la colonisation rurale portugaise”, XIX
International Geographical
Congress. Abstracts
of Papers, Estocolmo, 1960, p. 247.
Resumo
de comunicação, preparado em colaboração
com Francisco Tenreiro: analogias entre o monte alentejano, a
fazenda brasileira e a roça de S. Tomé;
diferenças das instalações habitacionais;
culturas agrícolas e criação de gado.
156.
“Três imagens do Mundo”, Brotéria,
Cultura e Informação, Lisboa, 71, 1960, p. 170-183;
em separata, 18 p.
Imagem
do mundo antes das navegações ibéricas;
transformações resultantes dos descobrimentos
marítimos. “Assim, como uma rede cujas malhas se
apertam, sob a égide da civilização do Ocidente
e da sua incontestável superioridade, o mundo cai debaixo
de uma organização que, dia a dia, penetra os seus
últimos recessos”. Reflexos das transformações
que se deram posteriormente.
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