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Bibliografia Científica de Orlando Ribeiro (1961-1970)
1961
157.
Geografia e Civilização. Temas portugueses, Lisboa,
Centro de Estudos Geográficos, Col. Chorographia, 1961,
238 p., 21 figs., 48 pág. ests., notas de rodapé; 2.ª
edição, Lisboa, Livros Horizonte, 1979; 3.ª
edição, id., 1992.
O
livro contém os seguintes grandes temas: a civilização
do granito no Norte de Portugal; a civilização do barro
no Sul de Portugal; açoteias de Olhão e telhados de
Tavira. No início do livro há um “Exergo” e
um “Prefácio”; no fim, diversos índices (de
lugares, de autores, de ilustração), além do de
matérias.
158.
“Geografia da Expansão Portuguesa”, Arquivos da
Universidade de Lisboa, Nova Série, 2, Primeiro
Curso Universitário de Férias no Ultramar, 1961, p.
51-100; em separata, 48 p.
Plano
das lições (p. 53). Advertência (p. 55-57). 1.ª
lição - “A génese e os instrumentos da
expansão” (p. 58-62). 2.ª lição - “As
Ilhas Atlânticas” (p. 62-68). 3.ª lição
- “O Oriente: Goa” (p. 68-74). 4.ª lição
- “Brasil: o Recôncavo da Baía” (p. 75-82).
5.ª lição - “A mestiçagem. Problemas
africanos” (p. 82-91). 6.ª lição - “Reflexos
em Portugal. Conclusões” (p. 91-100). A maior parte do
assunto já fora abordado num “Curso de Altos Estudos
Geográficos” na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro),
em 1956, e numa série de lições proferidas no
Colégio de França (Paris), em 1959. O texto, sem a
“Advertência”, viria a ser integrado em Aspectos
e Problemas da Expansão Portuguesa, Lisboa, 1962,
mas com o título de “Panorama da Expansão
Portuguesa. (Esquema de um curso)”, p. 93-12 (veja-se nº.,
161 desta Bibliografia).
159.
“Nota preliminar acerca do relevo de Angola entre-os-rios Zaire
e Loge”, Garcia de Orta, Lisboa, 9 (3), 1961, p.
509-514, 1 mapa, est. 1.
Em
colaboração com Mariano Feio e Ilídio do Amaral,
são apresentados os seguintes aspectos: distinção
de três superfícies de aplanação - do
litoral, nível intermédio e o planalto do
interior; faixas de transição, relevos residuais e
depósitos; prováveis influências da “culminação
atlântica” e da “culminação
transversal” na génese das grandes unidades do relevo
regional. Resumos em português, francês e inglês.
160.
“Problemas humanos de África”, Colóquios
sobre problemas humanos nas Regiões Tropicais,
Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, Centro
de Estudos Políticos e Sociais, Col. Estudos de Ciências
Políticas e Sociais, 51, 1961, p. 1-22; em separata, 24 p.
Colóquio
realizado naquele Centro, em que o autor abordou os seguintes
temas: África Atlântica e África Indica;
problemas de contactos suscitados pela emigração e
pela colonização, quer europeia, quer asiática;
preconceitos e ressentimentos; entraves à ascensão
social - dificuldades de ascensão social das populações
africanas; o atraso da África; tipos e evolução
dos continentes novos; o Mundo para os homens.
1962
161.
Aspectos e Problemas da Expansão Portuguesa, Lisboa,
Junta de Investigações do Ultramar, Centro de Estudos
Políticos e Sociais, Col. Estudos de Ciências
Políticas e Sociais, 59, 1962, 213 p.
“Reúnem-se
neste volume vários ensaios, alguns dos quais revestiram a
forma inicial de lições e conferências” (da
pág. de abertura); “... das minhas preocupações
de geógrafo; mas de geógrafo que vê o homem na
terra e no tempo e pensa quanto podem ser esclarecedoras as
perspectivas abertas pela história - especialmente a nossa”
(idem). Reprodução dos textos já
referidos em números 121, 123, 127, 128, 133, 139, 144, 149,
151, 153, 158, (de acordo com a arrumação nesta
Bibliografia). Entre os nºs. 123 e 151 aparece o único
inédito, “A Ilha de S. Tomé no quadro da expansão
portuguesa”, p. 161-172, escrito a partir da argumentação
feita da tese de doutoramento de Francisco Tenreiro, A Ilha de S.
Tomé. Estudo Geográfico,
Lisboa, 1961.
162.
“Conception et interprétation en Géographie
humaine”, Cahiers de Géographie de Québec,
11 (6e. année), 1961-1962, p. 5-37.
Tradução
por Suzanne Daveau do livrinho assinalado em 145 desta Bibliografia
- Atitude e Explicação em Geografia Humana.
163.
Vida e Obras de José Leite de Vasconcellos. Lisboa,
Imprensa Nacional, 1962, 38 p., 1 fotografia, notas de rodapé.
Trata-se
de separata de trabalho que seria incluído em Livro
do Centenário, Lisboa, Faculdade de Letras,
Imprensa Nacional, 1960, dedicado a J. Leite de Vasconcellos. Como
diz o autor em nota da p. 3, “Publicado em dois artigos na
revista Portucale, vol. XV, Porto, 1942”. “Nesta
reedição de uma separata, há muito esgotada,
fizeram-se apenas leves alterações (1949)”.
Reeditado na Revista Lusitana, nº 12, 1994, p. 53-79,
(texto de 1966).
164.
“Réponse de M. Orlando Ribeiro” em Actes de
l’Académie Nationale des Sciences, Belles- Lettres et
Arts de Bordeaux – Les Deux Cent Cinquante
Ans de l’Académie Nationale, 4ª. Série, Tomo
XVIII, Bordéus, 1962, p. 71-72.
Recebido
como membro daquela Academia, o seu elogio foi feito pelo Prof. Louis
Papy que o cumprimentou com as seguintes palavras: «Quel
honneur: car c’est un des maîtres de la géographie
contemporaine que nous recevons aujourd’hui», seguindo-se
da síntese da carreira e obra de Orlando Ribeiro. Este, em
resposta, depois de agradecer o elogio, lembra as suas relações
com a escola geográfica de Bordéus, a sua estada no
Québec (Canadá), uma vez que na mesma Sessão era
recebido um ilustre professor de história moderna da
Universidade de Montréal, e apresenta um tema de reflexão:
“o mistério da terra e das civilizações”.
1963
165.
“Agricultura”, Dicionário de História de
Portugal (dirigido por Joel Serrão), Lisboa, Iniciativas
Editoriais, Vol. 1/A-D, 1963, p. 60-67, bibliografia: b. “Aldeia”,
Idem, p.85-89, 1 figs., bibliografia; c. “Cidade”,
Idem, p. 571-580, I fig., bibliografia.
Os
artigos tratam, respectivamente, do estudo da agricultura portuguesa
através dos tempos; agricultura primitiva; campo-prado do
Noroeste: campos abertos do Norte interior; campos arborizados do
Sul: campos de policultura da Estremadura: arvoredos algarvios: as
grandes fases da conquista da terra. O segundo, sobre tentativa de
definição e tipologia: tipos transmontano, alentejano e
estremenho, em relação com a disposição
das casas, os campos, as práticas agrárias, as
estruturas económicas e sociais. O terceiro,
essencialmente acerca de evolução das cidades
portuguesas; estrutura e funções.
166.
“Die Eigenart Goas”, Erdkunde, Archiv für
Wissenschaftliche Geographie, Bona, XVII (1/2), 1963, p. 39-47, 3
figs., 10 fotos.
É
a tradução de “Originalidade de Goa”, nº.,
151 desta Bibliografia. Resumo em inglês.
167.
“Francisco Tenreiro (1921-1963)”, Revista da Faculdade
de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, 7 (III.ª Série),
1963, p. 271-275.
Em
homenagem a “um dos colaboradores mais antigos e um dos
discípulos mais qualificados, apontando alguns traços
da sua personalidade e das suas obras” (p. 271), no ano do seu
falecimento.
168.
Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Esboço
de relações geográficas, Lisboa, Livraria Sá
da Costa Editora, 1963 (2.ª edição, revista e
actualizada), XVI + 176 p., 6 mapas em fim de texto.
“O
livro, (veja-se nº 72 desta Bibliografia) esgotou-se ao
fim de pouco tempo e continuou por isso a ser procurado. Hesitei
muito antes de preparar nova edição. Quase vinte anos
decorreram desde que o elaborei” (do Prefácio). “Possa
o livro continuar a servir a curiosidade de todos os que procuram
compreender Portugal, a sua terra desfavorecida e a sua gente pobre,
e nesse desígnio se justifica a presente reedição”
(também do Prefácio, escrito em Outubro de 1962). São
seus capítulos: I - O mundo mediterrâneo. II - Portugal
mediterrâneo. III - Portugal atlântico. IV - Variedade e
unidade de Portugal. Conclusão. O livro inclui ainda o
Prefácio da 1ª edição.
169.
“Em torno da Universidade e da investigação
científica”, Boletim da Sociedade de Estudos
de Moçambique, Lourenço Marques, 136, 1963, p.
5-14.
Texto
de conferência proferida no Salão de Festas do Liceu
Salazar, no dia 17 de Setembro de 1963: o conceito de Universidade;
as Universidades de tipo tradicional e as Universidades actuais;
Universidade e Cultura; a Universidade e a preparação
de quadros; Universidade e problemas humanos; programas e objectivos
das Universidades de hoje. Ciência e técnica; o
investigador e o seu importante papel; “A Universidade prepara
necessariamente a investigação, é o alfobre dos
investigadores,...” (p. 12-13). Referências aos papéis
da Universidade e investigação científica em
África. O texto existe também em Variações
sobre Temas de Ciência, Lisboa, 1970, p. 165-184
(veja-se nº., 231 desta Bibliografia).
1964
170.
Problemas da Universidade, Lisboa, Livraria Sá da
Costa Editora, 1964, 114 p.
Dedicado
“À memória de Francisco Tenreiro, poeta,
geógrafo, amigo e companheiro de trabalho”, contém,
além de um Prefácio, as seguintes partes: a
Universidade e o espírito científico; problemas da
Universidade. “Reúnem-se em volume dois escritos
diferentes mas estreitamente conexos. O primeiro é um
discurso de circunstância: aproveitei-o chamando a atenção
para problemas que, no decurso da carreira docente e científica,
se me foram tornando claros”... “O segundo é a
colectânea de artigos, que acerca do assunto publiquei no
Diário de Lisboa.”(ambas as frases foram
extraídas do Prefácio do livro). O primeiro texto
corresponde à oração de sapientia pronunciada
em 31 de Outubro de 1949. Os artigos do Diário de Lisboa
estão datados de 13 de Agosto e 17 de Dezembro de 1962, a
6 de Maio de 1963: A Universidade e o Ultramar (13 de Agosto 1962);
Dois níveis no ensino superior (17 de Dezembro); Impreparação
dos estudantes (24 de Dezembro); Necessidade de simplificação
dos cursos. Técnica, profissão e cultura. Educação
e Ciência (21 de Janeiro de 1963). Variações
sobre a utilidade da Ciência. Iniciação
científica. Os caminhos da docência. O professor: um
investigador que ensina. Escolaridade e vida académica (15 de
Abril). Extensão universitária e ensino permanente. A
Universidade, o Estado e as ideologias (29 de Abril). A
verdadeira reforma (6 de Maio de 1963).
171.
“Utilisation du sol, systèmes agraires et habitat rural:
quelques remarques comparatives”, Acta Geographica
Lovaniensia, Lovaina, 3 - Volume Jubilaire M. A.
Lefèvre, 1964, p. 227-240.
Comparação
de exemplos extraídos da Europa (Península Ibérica,
França), da África (Guiné portuguesa), da
América do Sul (Brasil, Peru) e da Ásia (Goa).
172.
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:50 000, Folha
28-B (Nisa), Serviços Geológicos de Portugal,
Lisboa, 1964.
Em
colaboração com C. Teixeira et al. (veja-se nº.,
174 desta Bibliografia).
1965
173.
“Acerca de alguns conceitos fundamentais da investigação
científica”, Livro de Homenagem ao Professor Fernando
da Fonseca (Colectânea de Depoimentos e de Trabalhos
Científicos). Lisboa, 26 de Abril de 1965, p. 113-123.
Conceito
de investigação científica. Ciência
fundamental e investigação fundamental. Ciência e
Técnica; a aplicação da Ciência. “A
Ciência - toda e qualquer Ciência - aplica-se antes
de mais nada ao puro conhecimento” (p. 119). Ciências
humanas. “A Ciência é, como a Arte, um ornamento
do espírito humano, uma flor da civilização”
(p. 123). O texto seria integrado no livro Variações
sobre Temas de Ciência, Lisboa, 1970, p. 31-48 (veja-se
nº., 231 desta Bibliografia).
174.
Carta Geológica de Portugal na escala de 1:50 000.
Notícia explicativa da Folha, 28-B, Nisa. Lisboa,
Serviços Geológicos de Portugal, 1965, 29 (nº.,
172 desta Bibliografia).
Em
colaboração com Carlos Teixeira, H. Carvalho, A. Peres
e A. P. Fernandes, a Notícia contém ainda uma
parte de “Estudos Petrográficos” de C. Torre de
Assunção, L. Pilar e A. P. Fernandes. Introdução.
Estudos anteriores. Geomorfologia. Geologia. Rochas eruptivas.
Recursos minerais. Paleogeografia e tectónica. Na folha
da Carta Geológica vem assinalado o nome de O. Ribeiro
como um dos responsáveis pelos levantamentos geológicos
(veja-se nº., 172 desta Bibliografia).
175.
Mapa Oro-hidrográfico de Portugal (Escala 1:200 000), Lisboa,
Centro de Estudos Geográficos. (Instituto de Alta Cultura),
1965, 37 folhas.
Carteira
com 37 folhas, elaboradas sob a orientação de O.
Ribeiro e com a sua apresentação; desprovido de nomes e
cotas de altitude, contém apenas curvas de nível e a
rede hidrográfica.
176.
“Presença do Brasil na Universidade de Lisboa”,
Diário de Lisboa, Lisboa, 19 de Outubro de 1965, p.
2-3.
Sobre
a presença de estudantes, docentes e investigadores
brasileiros em Lisboa, e a falta de instalações de
acolhimento à semelhança das existentes noutros países.
177.
“A propósito de áreas lexicais no território
português. (Algumas reflexões acerca do seu
condicionamento)”, Boletim de Filologia, Centro de
Estudos Filológicos, Lisboa, XXI, 1962-1963 (3 e 4), 1965, p.
177-205, 3 mapas, notas de rodapé.
“Para
um geógrafo, a estrutura de um território exprime-se na
paisagem,” (p. 177). A propósito de seis mapas de
material tratado por Lindley Cintra, referentes a vocábulos
relacionados com o ambiente da criação de gado; notas
históricas e geográficas. “A conclusão a
tirar das aproximações que sugeri ilustra, uma vez
mais, um conceito em que muitas vezes tenho insistido: o do
entrelaçamento profundo de condições naturais e
de tradições de civilização”
(p. 204) ... “Os padrões linguísticos ajustam-se
assim a outros aspectos naturais e humanos, todos eles indispensáveis
à compreensão do território português”
(p. 205). O texto contém 90 notas, distribuídas pelas
várias páginas.
178.
“Universidade do Brasil”, Diário de Lisboa,
Lisboa, 12 de Outubro de 1965, p. 1-2.
Acerca
das Universidades brasileiras, sobretudo as novas, onde se tem “a
impressão que tudo é possível fazer”.
1966
179.
“Acerca da orientação do desenvolvimento
científico em Portugal”, Diário de Lisboa,
Lisboa, 14 de Novembro de 1966, p. 1 e continuação.
A
reunião, em Lisboa, da Comissão Científica da
NATO e o problema da orientação a seguir no
desenvolvimento científico do País e a particular
posição do autor. A importância da investigação
fundamental; a sistematização do saber
humano; os equipamentos científicos. A natureza “regional”
da investigação científica em sectores do
conhecimento; as relações da investigação
fundamental com a investigação aplicada a campos da
tecnologia. Colaboração com o mundo da Ciência,
tendo em conta os condicionamentos “regionais”. O
problema das vocações científicas. O texto seria
incluído em Variações sobre Temas de Ciência,
Lisboa, 1970, p. 109-119
(veja-se
nº., 231 desta Bibliografia)
180.
“Considerações em torno duma tipologia da
paisagem rural americana”, UGI - Conferência
Regional Latino-americana, México, Sociedade Mexicana
de Geografia y Estadística, Tomo II, 1966, p. 808-817.
Comunicação
apresentada naquela Conferência Regional, na “Reunión
Especial de la Comisión de Tipologia Agrícola”. O
Tomo II é dedicado às secções de A
Geografia e os problemas de desenvolvimento. Geografia Aplicada, Uso
do Solo, Geografia Económica, e Tipologia Agrícola. A
comunicação abarca aspectos de Geografia comparada dos
três blocos do Mundo tropical (Ásia das Monções,
a África negra e a América). “A América
possui o privilégio de nos revelar, na mais larga escala na
maior extensão do seu território, múltiplos e
fecundos contactos de civilização: é à
luz deles que se pode compreender a sua geografia” (p. 811).
Características da paisagem rural americana. O texto seria
retomado e desenvolvido em artigo publicado em Finisterra,
Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, II (3), 1967 (veja-se nº., 195 desta Bibliografia).
181.
“Evocação de Mário Chicó”,
Encontro, Jornal dos Universitários Católicos,
Lisboa, 62, Novembro de 1966, p.3.
Homenagem
a M. Chicó; recordações de juventude e
referências gerais à sua obra. O texto seria incluído
em Variações sobre Temas de Ciências, Lisboa,
1970, p. 251-256 (veja-se nº., 231 desta Bibliografia).
182.
“Evolução e estado actual da cartografia
geológica de Portugal”, Finisterra, Revista
Portuguesade Geografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, I (1), 1966, p. 140-144, 1 fig., notas de rodapé.
Na
secção de “Notas e Recensões” é
dada uma breve informação crítica sobre a
cartografia geológica portuguesa, de que o mapa da figura
permite uma ideia do estado em que se encontrava a cobertura (folhas
publicadas e em publicação) na escala de 1:50 000.
183.
“Geografia do Brasil”, Finisterra, Revista
Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, I (1), 1966, p. 119-125.
Recensão
de Brasil. A Terra e o Homem, São
Paulo, 1964, sob a direcção de Aroldo de Azevedo,
Vol. I - “As Bases físicas”; a obra é
considerada, na evolução da geografia brasileira, “um
marco promissor de novas e futuras pesquisas” (p. 125).
184.
“Geografia Humana. Orientações e problemas”,
O Tempo e o Modo, Revista do Pensamento eAcção,
Lisboa, 43-44, 1966, p. 1050-1066.
Originalidade
do homem na Natureza. Os desertos e a diversidade dos seus destinos.
As grandes civilizações e o seu ambiente genético:
exemplo do Islame. Transformação do ambiente pelo
homem. “Explosão demográfica” e crescimento
urbano. Processo e desigualdade. Variedade no Mundo.
185.
“Hermann Lautensach e a Geografia da Península Ibérica”,
Finisterra, Revista Portuguesa deGeografia.
(Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, I (1), 1966, p.
125-128.
Recensão
de Iberische Halbinsel,Munique, 1961, de H.
Lautensach, com algumas notas sobre as actividades de investigação
científica e acerca de outras obras desse autor. “Num
dos próximos números desta revista far-se-á uma
resenha extensa do que o livro traz de novo para a geografia
portuguesa” (p. 128).
186.
“Mapa Oro-hidrográfico de Portugal”, Finisterra,
Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos
Geográficos), Lisboa, I (1), 1966, p. 137-138.
Nota
a propósito do Mapa na escala de 1:200 000 publicado pelo
Centro de Estudos Geográficos de Lisboa (veja-se nº 175
desta Bibliografia),sendo recordados outros
documentos cartográficos portugueses, nomeadamente as folhas
do mapa 1:100 000 (começadas a publicar em 1862).
187.
“Orientação”, Finisterra, Revista
Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, I (1), 1966, p. 5-9.
Texto
de abertura do primeiro número de Finisterra, em que se
traçam as linhas gerais da sua orientação e se
manifesta, a propósito da colaboração desejada,
“fazer de Finisterra, não um lugar isolado da
Ciência mas uma janela aberta para o mundo - que, sendo afinal
o campo de trabalho de todos nós, é também o
sítio do nosso encontro” (p. 7).
188.
“Rigor e reflexão na ciência moderna”,
Brotéria,Cultura e Informação,
Lisboa, LXXXII (5), 1966, p. 624-633.
As
características fundamentais da Ciência moderna, segundo
o físico Pierre Auger: dimensão, rigor,
estrutura. Reflexão sobre o assunto, partindo “doutro
ponto de vista no panorama geral da Ciência dos nossos dias”
(p. 624). A ampliação da dimensão do Universo
explorável e da penetração mais longe na
estrutura ou arranjo interno do material em estudo; exemplos e
comentários. O texto seria retomado em Variações
sobre Temas de Ciência, Lisboa, 1970, p. 57-74
(veja-se nº., 231 desta Bibliografia).
189.
“Veneza”, Finisterra, Revista Portuguesa de
Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, I (1),
1966, p. 99-110, 2 figs.
“Antes
que singular, Veneza é uma cidade única,”
(p.99). O sítio de Veneza e a sua posição
(comparação com casos análogos; contactos
históricos e evolução da população;
estrutura urbana e elementos de referência. A Piazza de San
Marco, em comparação com a Plazza Mayor das cidades
espanholas e com o Terreiro do Paço de Lisboa.
190.
Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:50, Folha 24-D
(Castelo Branco), Serviços Geológicos de Portugal,
Lisboa, 1966.
Em
colaboração com C. Ribeiro Fernandes.
1967
191.
“David Lopes”, Revista da Faculdade de Letras,
Universidade de Lisboa, Lisboa, 11 (III.ª Série),
1967, p. 69-73; em separata, 9 p.
“...
tive em David Lopes o primeiro contacto com o ensino superior e a
sorte de iniciá-lo com um dos mais eminentes professores desse
tempo” (p. 69). A personalidade e a obra do Mestre, “o
maior arabista português de todos os tempos, um dos melhores
historiadores da sua geração e possuía sólida
preparação filológica numa época de
grande florescimento destes estudos entre nós” (p. 73).
O texto seria incluído em Variações sobre
Temas de Ciência, Lisboa, 1970, p. 207-215, com o
título de “A personalidade de David Lopes”
(veja-se nº., 231 desta Bibliografia).
192.
“Evolução e estado actual da cartografia dos
arvoredos e plantações em Portugal”, Finisterra,
Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos
Geográficos), Lisboa, II (4), 1967, p. 281-286.
“A
Geografia científica portuguesa nasceu há um século
com o estudo dos arvoredos do País” (p. 281), assim
inicia o autor esta Nota e prossegue com a transcrição
de partes das Cartas Elementares de Portugal para uso das
escolas (1878) de Barros Gomes. Referências a outras
tentativas de cartografia dos arvoredos. As cartas do Serviço
de Reconhecimento e Ordenamento Agrário, nas escalas de 1:250
000 e 1: 500 000, a cores - do pinheiro bravo, do sobreiro, da
oliveira e da vinha - consideradas “um dos mais notáveis
empreendimentos cartográficos que até hoje se fizeram
entre nós” (p. 286).
193.
“Mapa da Utilização do Solo em Portugal”,
Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia.
(Centro de Estudos Geográficos), Lisboa. II (4), 1967, p.
295-296, 1 est.
Na
secção de “Documentos para o ensino, o autor
chama “a atenção dos professores para o que
considero o maior êxito da cartografia de composição
entre nós: a Carta Agrícola e Florestal de
Portugal (grandes grupos de utilização do
solo)...”(p.295), a 1:250 000 (3 folhas).
Pontos que ressaltam da imagem de conjunto e o grande interesse de
tais documentos para o ensino.
194.
“Materiais para um Atlas Nacional de Portugal”,
Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de
Estudos Geográficos), Lisboa, II (4), 1967, p. 276-289.
Nota
sobre os vários tipos de documentos cartográficos
existentes sobre o País, suas qualidades e defeitos como
materiais de base para a elaboração de um Atlas.
195.
“Paisagens rurais da América Tropical. Ensaio de
Geografia Comparada”, Finisterra, RevistaPortuguesa
de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, II
(3 ), 1967, p. 39-76, XIII págs. ests.
Introdução;
traços da evolução humana nos continentes
tropicais: contactos de civilização; imagens da
agricultura americana; o México Central; conclusão. “A
paisagem rural americana carece de ser vista na zonalidade do
globo, no substrato das suas civilizações, que vão
da recolecção mais primitiva até à
monumentalidade da pedra, no contributo dos vários povos que
constituíram, em terra alheia, as suas pátrias, e no
que, a partir destas combinações, ele soube criar de
original - paradigmas de universalidade duma civilização
que hoje tem os seus focos dum e doutro lado do Atlântico”
(p. 71).
196.
Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Esboço
de relações geográficas, Lisboa, Livraria Sá
da Costa Editora, 1967 (3.ª edição, revista e
actualizada), XVI + 175 p., 5 mapas, orientações
bibliográficas.
Vejam-se
os nºs., 72 e 168 desta Bibliografia. Contém o
Prefácio da 2ª edição e uma “Nótula
à Terceira Edição” (p. XV).
197.
“Prefação”, emDr. J. Leite de
Vasconcellos, Etnografia Portuguesa - Tentame de
Sistematização, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da
Moeda 1967, Vol. V, p. V-X.
“Com
o presente volume entra-se na parte, por assim dizer, nuclear da
Etnografia - aquela a que os autores de visão mais restrita
entendem geralmente limitá-la: a vida tradicional”
(p. VI);apontamentos sobre a obra e os colaboradores.
198.
“Publicações recentes acerca da Geografia da
Península Ibérica. (Primeira notícia)”,
Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia.
(Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, Il (3), 1967, p.
141-149.
Na
Secção de “Notas e Recensões”,
reflexões em torno de trabalhos de autores estrangeiros:
reedição do volume da Colecção Orbis
dedicado ao Mediterrâneo, de P. Birot; A Geography of
Spain and Portugal (1962), de R. Way e M. Simmons; Géographie
de la Péninsule Ibérique (1964), de M. Drain.
199.
“Região e rede urbana: formas tradicionais e estruturas
novas”, Revista de Geografia, Rio de Janeiro, 67,
1967, p. 157-165.
Texto
de uma comunicação apresentada ao IIº Congresso
Nacional de Geografia - Rio de Janeiro, Agosto de 1965. Ampliada e
modificada, seria publicada em Finisterra,Revista
Portuguesa de Geografia, (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa,IV (7), 1969 (veja-se nº., 219 desta
Bibliografia).
200.
“Rodrigues Lapa, Professor”, Seara Nova, Lisboa,
159 (Ano XVI.), 1967, p. 134.
Recordando
Rodrigues Lapa e os seus ensinamentos; “... dava aulas
maravilhosas”. Incluído também em Variações
sobre Temas de Ciência, Lisboa, 1970, p. 257-261 (veja-se
nº., 231 desta Bibliografia).
201.
Notícia explicativa da Folha 24-D (Castelo Branco)
Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, 1967,
24
p. (veja-se nº., 190 desta Bibliografia)
Em
colaboração com C. Teixeira, F. Gonçalves e G.
Zbyszewski.
202.
“Para uma ética da organização da Ciência,
Diário de Lisboa, Julho de 1967, p. 120-129.
Ciência:
evolução do conceito; investigação
científica e boa prática; organização da
Ciência; sua importância no ensino universitário.
1968
203.
“Excursão à Arrábida”, Finisterra,
Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos
Geográficos), Lisboa, III (6), 1968, p. 257-273, 4 figs.
Constituiu
uma das excursões do Primeiro Seminário Internacional
de Geografia, organizado pelo Centro de Estudos Geográficos de
Lisboa e realizado em Março de 1967; evolução
geológica e materiais do relevo, arranjo estrutural e evolução
morfológica, vegetação, ocupação
humana, são os temas aqui tratados.
204.
“Excursão à Estremadura e Portugal Central”,
Finisterra, Revista Portuguesa de
Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, III
(6), 1968,p. 274-299, 6 figs.
Foi
a outra excursão daquele Seminário: Estremadura
Central, vale do Mondego, Serra da Estrela, Beira Baixa - são
os temas deste guia.
205.
“Influências muçulmanas no Noroeste da Península
Ibérica”, Finisterra, Revista Portuguesa de
Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, III
(5), 1968, p. 115-116.
Nota
crítica em torno de Contribuição
topo-antroponímica para o estudo do povoamento
do Noroeste Peninsular, Lisboa, 1967, de Pedro Cunha Serra.
206.
Mediterrâneo. Ambiente e Tradição,
Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1968, 273 p.,
XX ests., bibliografia (2.ª edição, 1987).
Dedicado
“Ao Juvenal Esteves, em lembrança da amizade nunca
desmentida, do convívio espiritual que nos enriqueceu e da
nossa antiga persistente fascinação do Mediterrâneo”,
seguindo-se um excerto da “Primavera” (As quatro
estações) de A. Vivaldi, o livro contém:
Prefácio e Agradecimento. I - Abertura. II - A Natureza. III -
A vida rural. IV – O campo e os homens. V - O pastoreio. VI - A
vida marítima. VII - O povoamento. VIII - As cidades. IX - A
economia e a população. X - A civilização
e o seu destino. “Como se comprazia em ensinar o meu mestre
Leite de Vasconcellos, ‘o presente provém do passado’:
o Mediterrâneo é um dos lugares onde se torna mais fácil
mostrar esta grande verdade” (p. 3 do Prefácio). “Por
duas vezes o conteúdo deste livro serviu de matéria de
ensino: em 1956, em parte de um curso de Altos Estudos Geográficos,
organizado pelo Centro de Pesquisas de Geografia do Brasil, na
Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro; em 1962, num dos
cursos que ministrei na Universidade Laval, de Québec”
(p. 4 do Prefácio). Traduzido para italiano, II
Mediterrâneo. Ambiente e Tradition, Milão, 1972 (2.ª
edição, 1976; 3ª edição, 1983).
207.
“Milho”, Dicionário de História de
Portugal (dirigido por Joel Serrão), Lisboa, Iniciativas
Editoriais, Vol. III/ME-SIN, 1968, p. 58-64, bibliografia.
Os
milhos da Idade Média; origem e introdução de
outros milhos nos séculos XV-XVI; milho zaburro e milho maís
em Portugal; milho zaburro e milho de maçaroca em África
e nas ilhas atlânticas; a revolução do milho em
Portugal.
208.
“Nada da Universidade se pode imobilizar ”, Diário
de Lisboa, Lisboa, 4 de Novembro de 1968.
Acerca
da “pseudo-reforma” do ensino das Faculdades de Letras,
que consistiu apenas num arrumo de cadeiras, ou desdobramento de
matérias. O texto seria incluído em A Universidade
em crise, Lisboa, 1976 (veja-se nº., 283 desta
Bibliografia).
209.
“Portugal (formação de)”, Dicionário
de História de Portugal (dirigido por Joel Serrão),
Lisboa, Iniciativas Editoriais, Vol. III/ME-SIN, 1968, p. 432/451,
3 figs., bibliografia.
Introdução;
o território e a raça; a tradição
cultural pré-histórica; o arcaísmo dos castros;
nos alvores da história; a Lusitânia pré-romana;
a romanização; a herança dos Mouros; a
reconquista ao norte do Mondego; génese de “Portugal”;
a reconquista ao sul do Mondego; a organização do País;
a fronteira e a língua.
210.
“Primeiro Seminário Internacional de Geografia”,
Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia.
(Centro da Estudos Geográficos), Lisboa, III (6), 1968, p.
135-146.
Palavras
sobre o programa e resultados do Seminário organizado pelo
Centro de Estudos Geográficos de Lisboa, e que teve lugar em
Março de 1967.
211.
“Região e rede urbana: formas tradicionais e estruturas
novas”, Finisterra, Revista Portuguesade
Geografia. (Centro da Estudos Geográficos), Lisboa, III
(5) , 1968, p. 5-18.
Proposta
da fixação do conceito geográfico de “região”
(exemplos da geografia do Brasil e de Portugal). Predominância
dos elementos naturais na definição da região
(H. Lautensach e divisão regional de Península
Ibérica). A paisagem é quase sempre uma herança,
um produto da história, um dado tradicional que a vida moderna
modifica mas sem a transformar completamente. A explosão
demográfica, a congestão urbana e o espaço em
torno da cidade. O exemplo do Recôncavo da Bahia. “Assim
temos que a ‘região’, no sentido de unidade ou
mais geralmente de padrão de paisagem, é, e deve
permanecer, o quadro da descrição geográfica”
(p. 14).
212.
“En relisant Vidal de La Blache”, Annales de
Géographie, Paris, 424 (XXXVII, année),
1968, p. 641-662, 1 fotografia.
“Cinquante
ans après sa mort, le créateur da l’école
géographique française demeure un maître à
penser dont les idées essentielles, ouvrant des perspectives
fécondes et originales, n’ont rien perdu de leur
nouveauté et se sont incorporées au patrimoine da la
science géographique mondiale”, assim abre o autor esta
“viagem” através de obra do grande Mestre, em
particular, Le Tableau de la Géographie de la
France ( 1903), e Principes de Géographie
Humaine (1905) la pensée de Vidal da La Blache éveille
toujours des idées et nous éclaire encore” (p.
662).
213.
“A Rua Direita de Viseu”, Geographica,
Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa, 16 (Ano IV), 1968, p.
49-63, 2 figs., 7 ests., notas, resumo em francês.
Características
do traçado dos arruamentos nas cidades e vilas urbanas
portuguesas. A Rua Direita,em vários centros
urbanos portugueses e a sua história. “A Rua Direita de
Viseu é, porventura, a que melhor conserva, ao mesmo tempo, a
fisionomia e as funções tradicionais, que continua a
desempenhar no contexto moderno da velha cidade” (p. 52).
Estudo geográfico dessa Rua Direita, com diversas notas
bibliográficas e da comparação com outras
vias de funções idênticas.
214.
“A Universidade em crise”, ACapital, Lisboa,
22 de Outubro de 1968, p. 3-4.
Trata-se
de depoimento em inquérito promovido por aquele jornal, em que
O. Ribeiro se refere, particularmente, a aspectos importantes para
uma reforma do ensino superior.
1969
215.
“Alexander von Humboldt (1769-1859)”, Finisterra,
Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos
Geográficos), Lisboa, IV (8), 1969, p. 155-158.
Homenagem
a A. von Humboldt, por ocasião do bicentenário do seu
nascimento: a importância do homem e da sua obra.
216.
“O ensino elementar da Geografia”, Diário de
Lisboa,Lisboa, 23 de Maio de 1969, p. 9.
“Durante
o curso secundário, toda a Geografia deve ser ensinada
com base na observação”. Artigo escrito a pedido
de vários professores do ensino secundário. Algumas
reflexões em torno do ensino e da investigação
científica em Geografia.
217.
“José Leite de Vasconcellos: despertar de uma vocação”,
Anais Portugueses de Psiquiatria,Lisboa, XXI
(18), 1969, p. 434-447.
Nascimento
e juventude do Mestre; a formação intelectual e os
primeiros textos publicados. A sociedade de quando Leite de
Vasconcellos, frequenta a universidade, matriculando-se em
Medicina.
218.
“O ofício de geógrafo”, Diário de
Lisboa, Lisboa, 30 de Maio de 1969.
Definição
de Geografia e seus ramos; colaboração que o geógrafo
poderá prestar - com exemplos. “Por que assim é,
os jovens que actualmente estudam Geografia na Universidade
desejariam ver abrir-se-lhes outras carreiras além do ensino.”
219.
“Proémio metodológico ao estudo das pequenas
cidades portuguesas”, Finisterra, Revista
Portuguesa da Geografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, IV (7), 1969, p. 64-75, notas de rodapé, resumo em
francês.
“O
estudo geográfico das cidades tem de fazer-se dentro dos
princípios de toda a Geografia” (p. 65); critérios
de observação e descrição. A dimensão
da cidade e as actividades especiais da sua população.
O título de cidade em Portugal. Indicação de
“alguns critérios mais aparentes do que poderão
chamar-se vilas urbanas”(11pontos, em p.
70-72). O carácter individual das cidades; tipos e
famílias. Cidade e rede urbana.
220.
“A propos du XXIème Congrès International de
Géographie”, Finisterra, Revista Portuguesa de
Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, IV
(7), 1969, p. 94.
O
autor lamenta o facto de as autoridades da União Indiana terem
feito saber que não seriam concedidos vistos de entrada a
geógrafos portugueses que pretendessem assistir àquele
Congresso, realizado em Nova Delí.
1970
221.
“Bochímanes de Angola”, Finisterra, Revista
Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, V (9), 1970, p. 130-138.
Notas
em torno da “bela monografia que Manuel Viegas Guerreiro acaba
de consagrar” aos Bochimanes! Khung de Angola. Estudo
Etnográfico, Lisboa, 1968, com transcrição
de algumas partes do livro. “Está a ponto de perder-se
uma das derradeiras relíquias da vida do Paleolítico
superior. Por isso o seu estudo era urgente, e o geógrafo lerá
com proveito esta cativante monografia” (p. 138).
222.
“Em torno das origens de Viseu”, Revista Portuguesa de
História,Faculdade de Letras da Universidade
de Coimbra, XIII, 1970, p. 211-229, notas de rodapé.
Naquela
Revista, do Instituto de Estudos Históricos Doutor António
de Vasconcelos, o artigo é dedicado “Ao Senhor Professor
Paulo Merêa, em testemunho de profundo apreço
intelectual e humano” e versa os seguintes aspectos: génese
da cidade de Visem aspectos do relevo da região de Viseu e as
origens do povoamento; os castros e os efeitos da romanização
(as grandes estradas romanas); a Cava de Viriato e a muralha;
confronto do “testamento” de Fernando Magno e as
referências dos Chronicons; a planta da cidade
desde o século XII aos meados do séc. XIX.
223.
Ensaios de Geografia Humana e Regional, Lisboa, Livraria Sá
da Costa Editora, 1970, XVI + 373 p.; 2 figs., 1 quadro.
Este
é o designado “Vol. I - Trinta e cinco anos de estudos
geográficos. Síntese e método em torno da
Geografia de Portugal”, dedicado à “Saudade da Avó
Amélia, raiz da vida que o tempo afunda”. Contém
as seguintes partes, depois de um Prefácio: Introdução
- Trinta e cinco anos de estudos geográficos. 1.ª Parte -
Síntese e método. 2.ª Parte - Em torno da
Geografia de Portugal. O volume “abrange trabalhos gerais de
Geografia humana e uma série de artigos que contribuem para
dar a imagem de conjunto da terra portuguesa” (p. XVI); colige
textos dispersos ou inéditos, elaborados durante trinta e
cinco anos de actividade científica. A Introdução
é, no fundo, a sua melhor (auto) biografia. A Primeira parte é
preenchida com os textos de Atitude e explicação em
Geografia Humana,Porto, 1960. (145 desta Bibliografia,
em p. 65-112: “Geografia Humana. Orientações
e problemas”, Lisboa, 1966 (184, id.) em p. 113-135:
“Geografia Humana”, Lisboa, 1934 (1, id.), em p.
137-145; “En relisant Vidal de La Blache”, Paris, 1968
(212, id.), em p. 147-177; “As formas movediças
da paisagem” (um proémio destinado a uma obra de
divulgação que não chegou a escrever), em p.
179-187; “Três imagens do Mundo”, Lisboa, 1960
(156, id..), em p. 189-206: “L’Aménagement
de l’espace”, Perth, 1954 (115, id.), em p.
207-217; “L’Aménagement du terroir agricole”,
Lisboa, 1951, Roterdão, 1962 (100 e 106, id.), em p.
219-240: “Utilisation du sol, systèmes agraires et
habitat rural: remarques comparatives”, Lovaina, 1964 (171.
id.), em p. 241-258; “Acerca de planeamento regional”,
Lisboa, 1956 (126, id.),em p. 259-284; e “Problemas
Humanos de África”, Lisboa, 1961 (160, id.). A
Segunda parte contém os seguintes textos: “Expressão
da terra portuguesa”, Lisboa, 1945 (71, id.);“A
Geografia e a divisão regional do País”, Lisboa,
1957 (134, id.),em p. 313-324; “A planície
em Portugal”,Lisboa, 1953 (112, id.), em p. 325-335; “A
Geografia e os problemas da população em Portugal”,
Lisboa, 1942 (40, id.),em p 337-353; “Deslocamentos
da População em Portugal. Programa de um estudo”,
Lisboa. 1941 (29, id.),em p. 355-364; “Portugal
na ‘Geografia Universal’ francesa”, Lisboa, 1937
(9. id.),em p. 365-373.
224.
A Evolução agrária no Portugal Mediterrâneo.
(Notícia e comentário de uma obra de Albert
Silbert),Lisboa, Centro de Estudos Geográficos,
1970. Col. Chorographia, Série Histórica, 226
p., 5 figs. em fim de texto, notas bibliográficas.
Primeiro
volume da “Série Histórica”, construído
com base em A. Silbert, Le Portugal Méditerranéen
à la fin de l’Ancien Régime. XVIII.
e - début
du XIX.e
Siècle. Contribution à l’histoire agraire
comparée, Paris,
1966, tese de doutoramento apresentada
na Sorbonne. O índice de matérias é o
seguinte: Nota prévia. Geografia e história rurais em
Portugal: Âmbito e documentação do assunto. A
Beira Baixa. Natureza e origem do colectivismo agrário:
discussão do problema. A economia alentejana. Propriedade e
classes sociais no Alentejo. O “colectivismo agrário”
alentejano. Unidade e variações da economia e da
estrutura agrária no Portugal Mediterrâneo. Significado
e interpretação.
225.
“Genèse et diversité des montagnes portugaises”,
Colloquium Geographicum,Bona, 12 -
Argumenta Geographica,1970, p. 214-224, 1 fig.,
bibliografia, resumo em alemão.
Contribuição
para o volume especial por ocasião do 70.º aniversario do
geógrafo alemão Carl Troll (24 de Dezembro de 1969).
Definição de montanha. Interesse especial das montanhas
portuguesas: características e tipos de modelado montanhoso em
Portugal; estrutura e materiais do relevo; solos e vegetação.
Montanhas graníticas e montanhas de xisto; maciços
calcários; batólitos tardios. Relações
com outros elementos das paisagens.
226.
“A infância de um sábio: José Leite de
Vasconcellos em Mondim da Beira”, Beira Alta, Arquivo
Distrital, Viseu, XXIX (I), 1970, p. 138-155, notas de rodapé.
O
Concelho de Mondim da Beira, onde “se enquadra a antiga vila de
Ucanha” (p. 143), que viria a dar Ucanha no século XVII,
lugar onde o Mestre nasceu e viveu a meninice. Aspectos geográficos
e históricos da área da Ucanha; a sociedade aí
desenvolvida. A família de J. Leite de Vasconcellos, o
ambiente onde ele cresceu e iniciou a sua educação.
227.
“Inquietação e esperança na Universidade”,
A Capital, Lisboa, 28 de Janeiro de 1970, p. 3 e 5.
“O
que se passa na Universidade, seja qual for a publicidade que se lhe
dê, afecta uma massa importante da população e
penetra, pelas relações de parentesco de alunos e
professores, uma larga camada da sociedade”.
228.
“José Leite de Vasconcellos na Escola Médica do
Porto”, O Médico, Porto, LV (970), 1970, p.
66-73, 1 fotografia, notas de rodapé.
Apontamentos
históricos sobre a escola portuense, onde em 26 de Setembro de
1881 J. Leite de Vasconcellos se matricularia no 1.° ano; a vida
da Escola e os seus mestres; os estudos aí feitos por Leite de
Vasconcellos. Referência a um manuscrito examinado por Juvenal
Esteves, que dele publicaria “O Prof. José Leite de
Vasconcellos e a Dermatologia”, Lisboa, 1949 - o único
trabalho de Leite de Vasconcellos dentro da Medicina. A evolução
da Linguagem. Ensaio anthropológico,Porto, 1886,
dissertação inaugural de Leite de Vasconcellos,
apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Mas, “por menos de um ano serviu Leite a Medicina” (p.
73).
229.
“Reflexões a propósito dos homens na Lua”,
A Capital,Lisboa, 21 de Fevereiro de 1970, p. 3.
Em
vez de ser uma obra de colaboração internacional, as
viagens à Lua foram uma sorte de performance
desportiva, em que entraram em competição os
dois países que dominam o mundo pela sua rivalidade e pela sua
força”... “Está certo que se vá à
Lua e dentro em pouco a Marte; está certo talvez que, depois
do êxito logo seguido de fracasso, se prossiga, com mais
discrição, que é uma das virtudes fundamentais
da Ciência, na transplantação de órgãos
humanos, mais ou menos ‘nobres’ mas igualmente
necessários à vida”.
230.
“A Sertã: pequeno centro na área de xisto da
Beira Baixa”, Finisterra, Revista Portuguesa
deGeografia. (Centro de Estudos Geográficos),
Lisboa, V (9), 1970, p. 103-112, 3 figs., 1 est., notas de rodapé.
Em
“Notas e Recensões”: “A área de xisto
do centro do País, profundamente entalhada pelo Zêzere
e pelos seus afluentes, é singularmente desprovida de núcleos
urbanos e só tarde se abriu a novas vias de comunicação”
(p. 103); ocupação agrária. “Uma única
vila faz excepção, pela aparência do
comércio e a animação dos mercados: a Sertã
” (p. 105); a sua posição típica; o
desenvolvimento histórico; a planta da vila e os seus
elementos; funções da Sertã e importância
regional.
231.
Variações sobre Temas de Ciência,
Lisboa, Livraria Sá de Costa Editora, 1970, 269 p.
Livro
dedicado “À memória de David Lopes e A. Celestino
da Costa, Mestres e Amigos que serviram a Ciência e souberam
transmitir a sua devoção”. Reúnem-se
textos “diversos e separados no tempo, embora reunidos em torno
do mesmo motivo” (p. 15), a maior parte das quais publicada em
várias alturas. Indicam-se os títulos dos 20 textos,
assinalando os que correspondem a inéditos: Pode haver Ciência
em Portugal? (inédito). Acerca de alguns conceitos
fundamentais da investigação científica, 1965
(173, id.). Âmbito e variedade do conceito de Ciência
(inédito). Rigor e reflexão na Ciência moderna
1966 (188, id). A Ciência e magia (inédito). Das
Ciências exactas às Ciências humanas: sequência,
não hierarquia (inédito). Acerca da orientação
do desenvolvimento científico em Portugal 1966 (179, id.).
Para uma ética da organização da Ciência
1967 (202, id.). Problemas da investigação
científica colonial, 1950 (96, id.). Ciências de
ar livre 1943 (63, id.). David Lopes, historiador 1943 (52,
id.). A personalidade de David Lopes 1967 (191, id.).
Georges Le Gentil, um Mestre dos estudos portugueses 1949 (88, id.).
Celestino da Costa e a cultura nacional 1954 (116, id.).
António Vianna e os Serviços Geológicos 1949
(84, id.). Ernest Fleury e o ensino da Geologia 1960 (148,
id.). Evocação de Mário Chicó 1966
(181, id.). Rodrigues Lapa, Professor 1967 (200, id.)
Uma biografia francesa de). D. Pedro IV 1960 (146, id.).
232.
“XXII Congresso Internacional de Geografia”, Finisterra,
Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos
Geográficos), Lisboa, V (10) 1970, p. 24 5-247.
Em
“Notas e Recensões”, notícia acerca daquele
Congresso que se realizaria em 1972, no Canadá.
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