1937-40
É Leitor Assistente de português na Universidade de
Paris, Sorbonne, a convite do Instituto de Alta Cultura.
Durante este período estuda geografia na Faculdade de Letras
daquela universidade, na Escola Normal Superior e no Colégio
de França. Sob a direcção de diversos docentes
– Emmanuel de Martonne, Albert Demangeon, Luteaud, Marres
e Sion - visita várias regiões da França. De
Martonne, mestre da geografia física, foi essencial na sua
formação.
Estagia no Seminário de Geografia e Geologia da Universidade
de Liège (Bélgica). Estuda, com Macar e Dussart, dois
dos assistentes, os problemas morfológicos da orla das Ardennes
e os terraços do Rio Mosa.
Inicia um trabalho sobre a Beira Baixa, aplicando os métodos
da Geografia moderna.
1938
No XV Congresso Internacional de Geografia, em Amesterdão,
participa como delegado do Governo português pelo Instituto
de Alta Cultura. Por sua iniciativa a União Geográfica
Internacional pede ao Governo de Portugal que acolha em Lisboa o
congresso seguinte.
1939-40
Colabora com o Professor de Martonne na organização
dos trabalhos práticos do curso de geografia, tendo dado
aulas e dirigido excursões nos arredores de Paris.
Participa nos cursos de férias da Universidade de Coimbra.
1940
Regressa a Portugal, duas semanas antes da ocupação
da França pelos alemães.
1941
Ingressa como professor extraordinário na Faculdade
de Letras de Coimbra, onde ensinavam então figuras marcantes
em muitas das áreas do seu interesse, como Paulo Merêa,
Pierre David, Virgílio Correia, Joaquim de Carvalho, Paiva
Boléo, Paulo Quintela, Amorim Girão e o jovem assistente
Fernandes Martins.
1943
É nomeado professor catedrático da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa. Já ensinavam nesse tempo
como assistentes na Faculdade nomes como António José
Saraiva e Vitorino Magalhães Godinho.
É fundador, no mesmo ano, a pedido do Instituto de Alta Cultura,
do Centro de Estudos Geográficos de Lisboa.
Com as dificuldades de viajar fora de Portugal, em plena Segunda
Guerra, aproveita para estudos e viagens sobre Portugal.
1945
Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, Coimbra
Editora, Coimbra.
(Outras edições disponíveis: edição
ilustrada com Fotografia de Jorge Barros, Edições
João Sá da Costa, 1993; 7ª ed., Lisboa, Livraria
Sá da Costa Editora, 1998).
1947
Viagem à Guiné em missão preparatória
da Segunda Conferência Internacional dos Africanistas Ocidentais
que irá decorrer em Bissau.
1949
Organiza o XVI Congresso Internacional de Geografia, o primeiro
do pós-guerra. Em consequência publicaram-se quatro
volumes de Actas e os Livros-Guia das seis excursões científicas.
Foi o autor de dois desses volumes.
Le Portugal Central, UGI, Llsbonne (2ª edição
em 1982).
L' Île de Madère. Etude Géographìque,
Lisbonne, UGI.
(Tradução portuguesa: A Ilha da Madeira até
Meados do Século XX, Lisboa, ICALP, 1988)
É nomeado, no final do Congresso, vice-presidente da União
Geográfica Internacional (UGI). No Congresso seguinte, realizado
no ano de 1952 em Washington, será designado primeiro vice-presidente
da UGI.
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