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Orlando Ribeiro scientific bibliography (1934-1950)
1934
1.
“Geografia Humana”, Medicina, Revista de Ciências
Médicas e Humanismo, Lisboa, 9 (Ano I), 1934, p. 364-368.
O
primeiro trabalho publicado de Orlando Ribeiro, saído na
revista da Associação dos Estudantes de Medicina de
Lisboa. “Pode dizer-se que o alvo principal da Geografia Humana
é o Homem como componente da paisagem, chamando
paisagem à fisionomia exterior das regiões, e
reservando o nome de Geografia ao ramo de saber que especialmente se
ocupa da interpretação científica das formas
visíveis da superfície terrestre”, ciências
afins da geografia.
2.
“Barros Gomes, Geógrafo”, Revista da Faculdade
de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, 11 (1), 1934, p.
104-112.
Barros
Gomes e as ideias fundamentais que, nas suas obras, mais importam aos
geógrafos. “Foi o primeiro que pensou em conjunto os
elementos da nossa terra e do nosso povo...”.
3.
“Leite de Vasconcellos, Etnografia Portuguesa -
Tentame de Sistematização”,
Revista da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa,
II (1), 1934, p. 176-180.
Recensão
crítica do Vol. I, Lisboa, Imprensa Nacional, 1933. “Com
a publicação da Etnografia Portuguesa oDr.
Leite de Vasconcellos traz uma notável contribuição
para o conhecimento das cousas e das gentes da nossa terra, e presta
assim um inestimável serviço àciência
portuguesa” (p. 180).
4.
“Problemas de Geografia humana”, Boletim da Sociedade
de Geografia de Lisboa, Lisboa, 3 e 4 (52.ª Série),
1934, p. 83-92.
Reflexões
a propósito de um controverso artigo de Junho de 1932, de R.
Porack, onde se afirma, nomeadamente, que “La Géographie
humaine n’a pas une base scientifique solide...”;
referências ao papel importante da Geografia humana.
1935
5.
“Memórias de Mondim da Beira, do Dr. J. Leite de
Vasconcellos”, Ethnos. Revista do Instituto Português
de Arqueologia, História e Etnografia, Lisboa, I, 1935; p.
285-289.
Recensão
daquele trabalho, a que se juntam também umas linhas sobre o
Livro da Fundação do Mosteiro das Salzedas publicado
apenso às Memórias.
6.
A Arrábida. Esboço geográfico, Lisboa,
1935, 94 p.
Dissertação
de doutoramento em Ciências Geográficas apresentada à
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ver n.º 8, a
seguir.
1936
7.
“Algumas notas de geografia do Ribatejo”, Boletim da
Junta Geral do Distrito de Santarém, Santarém,
/ 43 (Ano VI), 1936, p. 65-70, 9 fotos.
Aspectos
da individualidade geográfica do Ribatejo; “e é
precisamente o que se dá em Portugal, onde a diferenciação
regional repousa, tantas vezes, em factos de ordem geológica”
(p. 76).
1937
8.
“A Arrábida. Esbôço geográfico”,
Revista da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa,
Lisboa, IV (1 e 2), 1937, p. 51-131.
“O
trabalho que ora se publica é uma singela contribuição
para o conhecimento da Geografia regional de Portugal” (p. 51).
Introdução (caracteres gerais e limites). Cap. I -
Arquitectura do solo (materiais do relevo; estrutura e tectónica;
sismologia; orogenia e paleografia). Cap. II - Factores do
relevo (evolução geral do relevo; natureza das rochas;
influências estruturais; a rede hidrográfica e a
erosão normal; outros factores de erosão). Cap. III -
Formas do relevo (o planalto de Espichel; arredores de Sesimbra;
Serra do Risco; Serra da Arrábida; colinas de Setúbal;
serras de S. Luis e dos Barris; morro de Palmela; pré-Arrábida;
os vales; a planície). Cap. IV - O litoral (a tectónica
do litoral e o relevo submarino; a erosão litoral; costa
ocidental e Cabo Espichel; de Espichel a Alpertuche; de Alpertuche a
Setúbal). Cap. V – Clima e vegetação
(clima; vegetação). Cap. VI – Alguns aspectos de
geografia humana (ocupação económica;
povoamento; circulação). Conclusão. “Melhor
do que a qualquer outra porção do território de
Portugal, se lhe aplica com propriedade a noção de
polimorfismo geográfico, grata a Silva Telles, e
que, segundo este autor, exprime uma das características
essenciais da geografia portuguesa” (p. 131).
9.
“Max. Sorre – ‘Portugal’” Revista da
Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, IV (1 e 2),
1937, p. 399-403.
Recensão
do trabalho de Max. Sorre em Géographie Universelle (sob
a direcção de P. Vidal de La Blache e L. Gallois), VII,
1.ª parte, Paris, 1934, p. 202-228 (Cap. XIII). “Deste
trabalho se pode dizer afoitamente que não está à
altura da colecção a que pertence”.
1938
10.
“L’habitat rural au Portugal”, Comptes Rendus du
Congrès International de Géographie,
Amsterdam 1938, II (Travaux des Sections A-F), Leiden, UGI, 1938,
p. 137-144, 7 figs., também no Boletim da Sociedade de
Geografia de Lisboa, Lisboa, 9-10 (56.ª Série),
1938, p. 402-411.
Apresentação
de exemplos, ilustrados com casos extraídos da carta
topográfica de Portugal na escala de 1:100 000; aspectos
históricos da formação dos tipos de povoamento.
11.
Inquérito de Geografia Regional, Coimbra, Instituto
para a Alta Cultura, 1938, 32 p; 2.ª edição,
aumentada, 1947, Lisboa, 47 p.; tradução espanhola em
1947; a partir de 1961, fizeram-se várias edições
policopiadas, pelo Centro de Estudos Geográficos, 30 p.
(Notas
preliminares). I - Relevo; solo. II - Clima. III - Hidrografia. IV
- Vegetação; matas. V. Árvores de fruto;
vinha. VI - Produtos de Agricultura. VII - Sistemas de cultura.
VIII. - Gados. IX - Propriedade e exploração. X -
Indústria; comércio; circulação. XI –
Habitação. XII – Povoamento. XIII –
População. XIV – População. XV-
Divisões Territoriais. XVI – O Passado
12.
Inquérito do Habitat Rural, Coimbra, Instituto para a
Alta Cultura, 1938, 16 p., 2.ª edição
Coimbra,
1939, 16 p.
Considerações
preliminares. Habitação rural. Propriedade e exploração
da terra. Na capa “Inquérito do Habitat Rural, Habitat
Rural elaborado pelo bolseiro Orlando Ribeiro”.
13.
“Le site et la croissance de Lisbonne”, Bulletin
de l’Association de Géographes Français,
Paris, 115, 1938, p., 99-103.
Comunicação
apresentada sobre as características geográficas da
cidade de Lisboa: o seu sítio e a sua evolução
histórica.
1939
14.
“Aglomeração e dispersão do povoamento
rural em Portugal”, Miscelânea Científica e
Literária dedicada ao Doutor J. Leite de Vasconcellos, Lisboa,
1939,em separata, 20 p., 1 quadro, notas bibliográficas
de rodapé.
O
artigo faria parte de um 2°., volume, que não chegou a
completar-se e de que apenas se distribuíram algumas separatas
(informação do autor). Causas da repartição
da população rural; distinção entre
povoamento rural e povoamento urbano; exame das expressões
mais empregadas; aglomeração (ou concentração)
e disseminação (ou dispersão); tentativas de
explicação; evolução do povoamento;
quadro síntese das formas de povoamento rural (p. 260-261);
conclusão.
15.
“Brandas e Inverneiras em Castro Laboreiro”, Revista
da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, VI
( 1 e 2), 1939, p. 297-302.
“...
publico o feixe de observações feitas in loco,
particularmente importantes no que toca às brandas e
inverneiras, a que vários autores se têm
referido sem marcarem bem o carácter de migração
estacional agrícola que apresentam”, de um passo do
artigo.
16.
“Dr. J. Leite de Vasconcellos, Etnografia Portuguesa.
Tentame de Sistematização”, Revista
da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, VI (1 e
2), 1939, p. 309-313.
Recensão
crítica do Vol. II, Lisboa, Imprensa Nacional, 1936.
17.
La Formation du Portugal. (Conférence faite le 25
avril à l’Instituto de Cultura Portuguesa,
à Bruxelles), Bruxelas, Instituto de Cultura Portuguesa,
(1939), 22 p.
Texto
de conferência feita em 25 de Abril de 1939, no
Instituto de Cultura Portuguesa, em Bruxelas, procurando dar um
resumo do problema das origens nacionais de Portugal: os elementos
mais antigos; os castros; a romanização; a ocupação
árabe e a reconquista. A formação do território
portugalense; Portugal, país atlântico.
18.
“Observations géologiques et morphologiques dans les
environs de Vila Velha de Ródão (Portugal)”,
Revue de Géographie Physique et de Geológica
Dinamismo, Paris, XII (4), 1939, p. 491-493, 3 figs. (fotos).
Distinção
de três formações bem diferenciadas (arcose
assente sobre xistos; depósitos em relação com
relevos criados ou acentuados por movimentos tectónicos
recentes; depósitos de terraço); relevos de xisto e
cristas quartzíticas; acidentes tectónicos.
19.
“Povoamento rural e regimes agrários no Sudeste da
Beira”, Revista da Faculdade de Letras, Universidade
de Lisboa, Lisboa, VI (1 e 2), 1939, p. 281-295, notas bibliográficas
de rodapé.
Relações
entre o povoamento e a ocupação agrária; regimes
de propriedade e sistemas de afolhamento; aspectos da evolução
rural.
20.
“Sur la morphologie de la Basse Beira”, Bulletin
de l’Association de Géographes Français,
Paris, 122, 1939, p. 113-122
Comunicações
sobre a escadaria tectónica do sueste da Cordilheira Central.
21.
“L’immigration dans l’État de Saint Paul
(Brésil), Annales de Géographie,
Paris, 1939, 68,
p.
520-523.
Pequenas
notas sobre movimentos migratórios e os europeus em S. Paulo.
1940
22.
“L’Institut Portugais de la Sorbonne”, Bulletin
des Études Portugaises et de l’Institut Français
au Portugal, Lisboa, 7 (2), Nova Série,
1940, p. 109-112.
Notas
sobre os cursos do certificado de português, os alunos, a
documentação, a preparação de trabalhos
originais, etc. Mas, “malgré cette
activité, le rayonnement de
l’Institut Portugais est assez limité. Le Portugais
est une langue peu connue et, comme telle, elle semble difficile”
(p. 112). Sugestões de novos
programas.
23.
“Problemas morfológicos do Maciço Hispérico
português”, Las Ciências, Madrid, 2 (Ano
VI), 1940, p. 315-336, 2 figs., bibliografia em fim de texto.
Os
temas morfológicos; as direcções do relevo;
materiais do relevo, superfícies de rocha nua e depósitos
detríticos; as grandes deformações do Maciço
Hispérico; sobre a génese e evolução das
formas planas; cristas de rochas duras, de orientação
hercínica; a peneplanície do Sul de Portugal; a
Cordilheira Central e as superfícies de sopé; traços
morfológicos principais do Norte de Portugal; conclusões.
24.
“Villages et communautés rurales au Portugal”,
Biblos, Revista da Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra, Coimbra, XVI (II), 1940 p. 411-425; também em
Bulletin de l’Association de Géographes Français,
Paris, 130-131, 1940, p. 51-60, notas bibliográficas de
rodapé.
Definição
da comunidade rural; exemplos de organizações
comunitárias em Portugal; explicações
geográficas e históricas. Segue-se discussão.
1941
25.
“Alfredo Fernandes Martins, O Esforço do Homem
na Bacia do Mondego, Ensaio Geográfico”,
Biblos, Revista da Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra, XVII (1), 1941, p. 363-369, notas bibliográficas de
rodapé.
Recensão
crítica da dissertação de licenciatura de A.
Fernandes Martins, Coimbra, 1940.
26.
“A. Taborda de Morais, Novas áreas da fitogeografia
portuguesa”, Biblos,Revista da Faculdade de
Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, XVII (II), 1941, p.
783-786.
Recensão
de separata publicada no Boletim da Sociedade Broteriana,
Coimbra, XIV (2.ª Série), 1940. A importância da
vegetação, corno componente da paisagem em estudos
de Geografia: fisionomia atlântica e fisionomia
mediterrânica; a acentuação do carácter
atlântico de Portugal por acção do homem.
27.
“Contribuição para o estudo do pastoreio na Serra
da Estrela”, Revista da Faculdade de Letras,
Universidade de Lisboa, Lisboa, VII (1 e 2), 1940-1941, p.
213-303, 25 figs., 6 mapas, quadros, Apêndice e Nótula
bibliográfica, notas bibliográficas de rodapé.
Compõem
o trabalho as partes seguintes: A vida humana na montanha; criação
de gado e vida pastoril; comunidades agro-pastoris; a Serra da
Estrêla - quadro natural; a Serra da Estrêla -
povoamento; pastagens e gados; os rebanhos na Serra; a invernada;
outras modalidades de transumância; o pastoreio e a
agricultura; o pastoreio e as indústrias; uma aldeia pastoril
- o Sabugueiro; a “Mesta” e a evolução da
transumância em Portugal; conclusão - significado
geográfico do pastoreio na Serra da Estrêla. Apêndices:
Quadros estatísticos com população e criação
de gados nas freguesias da Serra da Estrêla; sobre o mapa do
povoamento; nótula bibliográfica.
28.
“Cultura do milho, economia agrária e povoamento”,
Biblos, Revista da Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra, Coimbra, XVII (II), 1941, p. 645-663, 1 quadro, notas de
rodapé.
Importância
do estudo da vida rural: técnicas antigas e culturas novas;
relações do povoamento com a geografia física e
os factos agrários; importância dominante dos cereais;
origem e difusão da cultura do milho em Portugal. (Trabalho
incompleto; ficou anunciada uma continuação).
29.
“Deslocamentos da população em Portugal. Programa
de um estudo”, Revista da Faculdade de Letras. Universidade
de Lisboa, Lisboa, VII (1 e 2), 1941, p. 318-325, 1 quadro.
Nota
preliminar; emigração; migrações
internas; expansão local, lenta, da população
rural; concentração urbana; deslocamentos estacionais.
30.
“Dr. H. Amorim Ferreira, O Clima de Trás-os-Montes
(Memória apresentada ao 2.° Congresso Provincial de
Trás-os-Montes e Alto Douro)”, Biblos, Revista da
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, XVII
(II), 1941, p. 779-783.
Recensão
daquela Memória, Lisboa, 1941, apontando-se o seu
interesse geográfico.
31.
“Orientações modernas da Geografia”, Liceus
de Portugal. Boletim da Acção Executiva do Ensino
Liceal, Lisboa, 11 e 12, 1941, p. 851-855 e 931-947.
Correspondem
aos dois primeiros artigos de uma série, interrompida em 1943
e sem haver continuação posterior. Os títulos
dos capítulos são os seguintes: I - A Geografia no
quadro das Ciências da Natureza e do Homem (p. 851-855). II -
Geografia geral e regional; Geografia física e humana. III - A
Geografia, ciência de observação. IV - A
Geografia e o mapa. V - A educação do geógrafo:
cultura científica ou humanística? (p. 931-947).
32.
Plano de monografia, tendo por base o inquérito familiar,
Coimbra, Centro de Estudos para a Formação Social,
1941, l0 p.
Instruções
gerais. Requisitos para preencher os quesitos (com modelo de ficha)
seguintes: I - Composição da família. II -
Antecedentes e escolha de profissão. III - Trabalho do chefe
de família. IV - Outros trabalhos. V - Ganhos e bens VI
-Alimentação. VII - Habitação. VIII -
Vestuário e higiene. IX - A família. X - Vizinhança
e relações. XI -
Instrução e crenças. XII - Divertimentos.
- Nota final.
33.
“Remarques sur la morphologie de la région de Sintra et
Cascais”, Revue Géographique
des Pyrénées et du
Sud-Ouest, Toulouse,
XI (3 e 4), 1940[1941], p. 203-218, 2 figs.
3 pl. (fotos).
Localização
da área; a evolução geológica e os dados
da estrutura; o maciço granítico; as vertentes da Serra
de Sintra; o litoral da Serra de Sintra; a plataforma de Cascais; a
plataforma de São João das Lampas e a sua orla
oriental; conclusões.
34.
“Significado geográfico do pastoreio na Serra da
Estrêla”, Altitude, Guarda, I (10-12), 1941, p.
40-41.
A
Serra e as suas características geográficas; o
pastoreio e a vida das populações serranas; os produtos
dessa actividade.
35.
“Tapadas, campos abertos, pastos comuns no Sul da Beira Baixa”,
1941.
Comunicação
escrita, enviada ao I.° Congresso Nacional de Ciências
Agrárias, que não chegou a ser publicada (informação
do Autor).
36.
“Uma Perda Nacional, José Leite de Vasconcellos”,
Rádio Nacional, Lisboa, 8 de Junho de 1941.
37.
“Arrábida. Introdução a um passeio a pé”,
Revista Panorama, 1, 3, Lisboa, Agosto de 1941, p. 19-22.
Algumas
notas com referências gerais.
1942
38.
“O Brasil: a terra e o homem”, Brasília,
Instituto de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, Coimbra, I, 1942, p. 377-397.
Conferência
proferida no 15.° Curso de Férias da Faculdade de Letras
de Coimbra, em Agosto de 1939: aspectos da geografia física e
humana do Brasil; a descoberta e os seus reflexos; a colonização,
e formas de organização económica e social - os
exemplos de “casa grande” e “senzala”.
39.
“A cultura do milho e a disseminação do
povoamento em Portugal”, Actas do I.° Congresso
Nacional de Ciências Naturais, Lisboa 1941, Lisboa,
Livro II, 1941, p. 53-54.
Em
suplemento II do Vol. XIII do Boletim da Sociedade Portuguesa de
Ciências Naturais, Lisboa, 1941:variedades de milho
grosso; difusão desse milho no Norte atlântico, até
alturas do Mondego, e transformação da economia
agrária; importância sobre os tipos de povoamento.
40.
“A Geografia e os problemas da população em
Portugal”, Actas do I.° Congresso Nacional de
Ciências Naturais, Lisboa 1941, Lisboa, Livro I, 1942, p.
101-111, 2 figs., 1 quadro.
Suplemento
I do Vol. XIII do Boletim da Sociedade Portuguesa de Ciências
Naturais, Lisboa, 1942: os problemas da população
vistos sob a óptica das suas relações com outros
fenómenos geográficos, físicos e humanos.
41.
“José Leite de Vasconcellos”, Biblos, Revista
da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, XVIII
(1), 1942, p. 259-266.
Texto
de conferência proferida na sessão de homenagem que a
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa consagrou à
memória do Professor Doutor José Leite de Vasconcellos,
sendo exaltada a fecunda lição da vida e das obras do
grande Mestre.
42.
“Notas sobre a evolução morfológica da
orla meridional da Cordilheira Central entre Sobreira Formosa e a
fronteira”, Boletim da Sociedade Geológica de
Portugal, Porto, 1 (III), 1942, p. 123-144, 12 figuras no texto e
1 fig. em fim de texto, notas de rodapé; assinalado também
em Quarto Congresso da Associação Portuguesa
para o Progresso das Ciências, Porto 1942, Porto, V
(4.ª Secção - Ciências Naturais), 1943, p.
187.
Aspectos
do relevo da Beira Baixa e sua evolução;
características do Terciário da Superfície de
Castelo Branco - mantos de blocos de quartzitos e quartzo envolvidos
por uma pasta de argila vermelha, interpretados como depósitos
de sopé da Cordilheira Central em elevação.
43.
“Orientações modernas da Geografia” Liceus
de Portugal, Boletim da Acção Executiva do Ensino
Liceal, Lisboa, 13, 14, 17, 18 e 20, 1942, p. 1011-1016, 1100-1107,
1335-1340, 1418-1428, 1603-1606.
Continuação
do trabalho já citado em nº 31, agora com os títulos
seguintes: VI - As formas de relevo. Geologia e Morfologia. Estrutura
e erosão (p. 1011-1016). VII - O ciclo de erosão e a
peneplanície (p. 1100-1107). VIII - Complexidade na evolução
dos ciclos de erosão (p. 1335-1340, fig. 1). IX - Terraços
fluviais e níveis rochosos (p. 1418-1428, figs. 2 a 5). X -
Meandros encaixados. Epigenia e antecedência (p. 1603-1606).
44.
Orientações modernas da Geografia, Lisboa,
Liceus de Portugal, 1942, 80 p. (incompleto), 10 figs.
Como
o título revela, trata-se da reunião dos artigos já
citados em nºs. 31 e 43 e ainda de uma parte publicada em 1943,
ora em separata.
45.
“Da originalidade geográfica da Serra de Sintra”,
Jornal de Sintra, Sintra, 9, 407, 11 de Janeiro de
1942,
p. 2 e 3.
Nota
com referências gerais sobre a Serra e o seu interesse
geográfico.
46.
“Para uma geografia do trigo em Portugal”, Boletim da
Federação Nacional dos Produtores de Trigo,
Lisboa, 2, 1942, p. 11-19, 4 fotos.
Culturas
fundamentais do Mediterrâneo; os cereais; áreas
tradicionais da cultura dominante do trigo - aspectos sociais e
económicos. Segundo o autor, “Estudar a geografia do
trigo será, em parte, estudar a geografia da região
onde esta cultura domina.”
47.
“Pierre Deffontaines – “Geografia Humana do
Brasil, Riode Janeiro, 1940”, Brasília,
Instituto de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, Coimbra, I, 1942, p. 817-819.
Recensão
crítica da edição ilustrada, em português,
preparada expressamente para a Exposição dos
Centenários.
48.
“Sur le caractère continental du Trias portugais”,
Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, Porto,
1 (III), 1942, p. 175-177.
Em
colaboração com Carlos Teixeira, “Les grès
seraient ainsi, en grande partie, éoliens; quelques épisodes
plus humides auraient charrié des débris plus fins,
avec des restes d’une flore sub-aérienne peu typique. La
stratification entrecroisée, torrentielle, qui s’observe
si nettement dans les grès supérieurs, continue à
indiquer un régime continental, avec un climat cependant moins
aride. Ce n’est que plus tard, durant l’Hettangien et
surtout au Sinémurien, que l’on peut parler d’une
véritable transgression. Le caractère continental du
Trias ainsi établi, il n’est pas étonnant qu’il
fossilise en partie le relief préexistant”.
49.
“Vida e obras de José Leite de Vasconcellos”,
Portucale, Porto, XV, 1942, em separata, 40 p.
“José
Leite de Vasconcellos era, sem discrepância, o primeiro dos
nossos homens de Ciência e talvez o mais popular de todos eles.
Contudo, as suas obras não conseguiram ultrapassar o círculo
dos especialistas, e, quando muito, alcançaram algum amador
mais esclarecido” (p. 5). Pequena biografia: primeiras
publicações e a Revista Lusitana;docência
na Faculdade de Letras de Lisboa, investigação
científica e publicações; viagens e contactos
científicos; impressões mais vigorosas da sua
monumental obra. “José Leite de Vasconcellos será
sempre lembrado como o mais operoso investigador de antiguidades,
linguagem e vida popular que, em todos os tempos, floresceu na ‘boa
terra lusitana” (p. 40).
50.
“Sobre a origem da nacionalidade”, Biblos, 1942,
XVII, II, 1942, em separata, p. 6-9.
Resumo
de conferência acerca da origem da nacionalidade portuguesa “no
interior de uma área de civilização mais vasta,
pois abrangia também a Galiza e as províncias
espanholas limítrofes”.
1943
51.
“A cultura do trigo no Sueste da Beira. Aspectos e problemas
geográficos”, Boletim da Federação
Nacional dos Produtores de Trigo, Lisboa, 5, 1943, p. 15-34, 10
fotos, notas de rodapé; separata com data de 1944, 24 p.
Aspectos
geográficos gerais; fisionomia cultural nos últimos cem
anos; reforma dos títulos de propriedade em relação
com a valorização da terra e do homem que a trabalha;
ocupação do solo e trabalhos agrícolas;
conclusões.
52.
“David Lopes”, Revista Portuguesa de História,
Coimbra, II, 1943, p. 530-538. (Separata de 1947, 9 p.).
Na
Revista do Instituto de Estudos Históricos Dr.
António de Vasconcellos, da Faculdade de
Letras da Universidade de Coimbra, pequena biografia de David Lopes
(que morrera a 3 de Fevereiro de 1942) e ideias fundamentais da sua
obra.
53.
“Depósitos detríticos da Bacia do Cávado.
(Nota preliminar)”, Boletim da Sociedade Geológica
de Portugal, Porto, III (I e II), 1943, p. 87-94, 5 figs. (4
fotos e 1 desenho).
Em
colaboração com J. M. Cotelo Neiva e Carlos Teixeira,
tentativa de reconhecimento, do modo de destrinçar fácies
ede datação dos depósitos a jusante
de Lago (bacia do Cávado) e entre São-Félix e a
Apúlia (na costa).
54.
“Depósitos e níveis pliocénicos e
quaternários dos arredores do Porto. (Nota preliminar)”,
Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, Porto, III
(I e II), 1943, p. 95-103, 2 figs., notas de rodapé.
Em
colaboração com J. M. Cotelo Neiva e Carlos Teixeira,
estudo dos níveis ao sul do promontório granítico
de Lavadores e referência a níveis correspondentes na
margem norte do Douro; cinco níveis, atribuídos às
fases interglaciárias, à préglaciária e
ao Pliocénico.
55.
“Evolução da falha do Ponsul”, Comunicações
dos Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa,
XXIV, 1943, p. 109-123, 1 fig., IX ests., bibliografia, notas de
rodapé.
A
falha e a sua importância topográfica; depósitos
detríticos; a rede hidrográfica. A última imagem
corresponde ao esboço morfológico da Beira Baixa.
56.
“Meditações Geográficas”, Aventura,
Lisboa, Agosto de 1943, em separata, 1943, 8 p.
As
relações da geografia e da história para a
definição de uma área geográfica. O autor
refere o artigo como “fragmentos do livro em preparação:
Mediterrâneo e Atlântico na Geografia de Portugal”.
57.
“Nota preliminar sobre a morfologia do Maciço da
Gralheira”, Boletim da Sociedade Geológica de
Portugal, Porto, III (I e II), 1943, p. 81-85; assinalado também
em Quarto Congresso da Associação Portuguesa para o
Progresso das Ciências, Porto 1942,Porto, V (4.ª
Secção - Ciências Naturais), 1943, p. 250.
Em
colaboração com J. P. de Almeida e A. Patrício,
nota sobre a superfície muito regular (planalto de
Albergaria-das-Cabras) que trunca o granito, posteriormente empolada
(flexura continental); cristas interfluviais; leitura da carta 1:100
000 da área.
58.
“Nótula sobre os terraços do Mondego nos
arredores de Coimbra”, Quarto Congresso da Associação
Portuguesa para o Progresso das Ciências, Porto 1942,
Porto, V (4.ª Secção - Ciências
Naturais), 1943, p. 188-194, notas bibliográficas de rodapé.
Em
colaboração com A. Patrício, observações
sobre os terraços do Mondego a jusante da ponte da Portela;
correlação com as praias levantadas do Cabo Mondego;
hipóteses de datação dos terraços.
59.
“Novas observações geológicas e
morfológicas nos arredores de Vila-Velha-de-Ródão”,
Publicações do Museu e Laboratório
Mineralógico e Geológico da Faculdade de
Ciências do Porto, XXXII (2.ª Série), 1943, p.
5-23, 9 figs. (fotos) e 1 mapa em fim de texto, notas bibliográficas
de rodapé.
Apresentação
do tema. Uma crista quartzítica: a Serra do Perdigão;
depósitos superficiais (terraços e ranãs,
em particular); tectónica; conclusão: a
evolução do relevo, as deslocações e os
depósitos superficiais. O mapa de fim de texto, a cores, na
escala 1:50 000, tem por título “Carta geológica
esquemática e provisória dos arredores de
Vila-Velha-de-Ródão”.
60.
“Orientações modernas da Geografia”, Liceus
de Portugal, Boletim da Acção Executiva do Ensino
Liceal, Lisboa, 22, 23, 25, 28 e 30, 1943, p. 1766-1773, 1839-1845,
2008-2014, 2251-2257 e 2409-2412.
Continuação
do trabalho já citado em 31, 43 e 44, com os títulos
seguintes: XI - A evolução das vertentes e os tipos de
vales (p. 1766-1773, figs. 6 a 8). XII - Peneplanície ou
plataforma de abrasão? (p. 1839-1845). XIII - As superfícies
de sopé (p. 2008-2014, figs. 9 e 10). XIV - As grandes
deformações da superfície terrestre (p.
2251-2257 e 2409-2412). Incompleto, sem ter havido posterior
continuação.
61.
“Les plages quaternaires et les industries préhistoriques
du littoral de l’Alentejo entre Sines et Vila Nova de
Milfontes”, Quarto Congresso da Associação
Portuguesa para o Progresso das Ciências, Porto 1942, Porto,
VIII (7.ª Secção - Ciências Históricas
e Filológicas), 1943, p. 48-62, notas bibliográficas
de rodapé.
Em
colaboração com H. Breuil e G. Zbyszewski, sobre a
geologia da área, a arriba marítima entre Porto Covo e
a ribeira de Aivados; a costa entre Aivados e Vila Nova de
Milfontes, a arriba ao Sul do Rio Mira; as indústrias líticas
- descrição sumária das jazidas e suas relações
com as praias antigas.
62.
“A terra, a gente e as origens da nacionalidade. (Resumo de uma
lição)”, Revista da Faculdade de Letras,
Universidade de Lisboa, Lisboa, IX (2.ª Série, 1-2),
1943, p. 238-242.
Posição
geográfica de Portugal; aspectos da cultura dolménica,
da civilização dos castros, da romanização,
da ocupação árabe e da Reconquista.
63.
“Ciências de ar livre”, Diário Popular,
14 de Dezembro de 1943.
Seria
republicado em Variações sobre Temas de Ciências,
Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa,
1970,
p. 189-190 (veja-se nº 231 desta Bibliografia).
1944
64.
“Beira Baixa” e “Beira Alta”, Guia de
Portugal, 3° volume, Lisboa, Biblioteca Nacional de Lisboa,
1944.
Segundo
o “Índice alfabético dos colaboradores literários
e principais cooperadores”, são de Orlando Ribeiro:
Condeixa-a-Nova; Ruínas de Conímbriga (colab., p.
348-354): Introdução geográfica, p. 625-639; de
Fratel a Castelo Branco (colab., p. 640-647); Proença-a-Nova e
Sertã (colab., p. 676-692); Malpica, Monfortinho,
Idanha-a-Nova (p. 683-692). Beira Alta: Introdução (p.
741-745); Serra da Estrela, clima, pastoreio; vestígios
glaciários (p. 883-890); de Seia a Alvôco da Serra (p.
899-902).
65.“Um
grande Geógrafo: Professor Emmanuel de Martonne”,
(publicado em jornal desconhecido), 1944, p.1 e 2.
66.
“J. Leite de Vasconcellos, Etnografia Portuguesa -
Tentame de sistematização”,
Revista da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, X
(2.ª Série, 1 e 2), 1944, p. 300-310.
Recensão
do Vol. III, Lisboa, Imprensa Nacional, 1942, VIII + 796 p. “Este
volume III anuncia já, de algum modo, o que serão os
seguintes. Se a substância do Livro II – O Povo
Português - foi ainda na maior parte tratada
directamente e enviada para o prelo pelo autor, a vida tradicional
será um acumular de materiais, tal como, à hora da sua
morte, foram encontrados, dispostos em obediência a minuciosos
planos que o Mestre nos deixou” (p. 310).
67.
“Prefácio”, in Padre João Vieira
Rezende, Monografia da Gafanha, Coimbra, Instituto para a
Alta Cultura, 1944 (2.ª edição correcta e
aumentada), p. VII-IX.
Publicação
subsidiada pelo Instituto para a Alta Cultura, em “Prefácio”
da 2.ª edição escreveria O. Ribeiro: “Uma
investigação de geografia humana, que conjugasse a
observação directa com os dados históricos
ministrados pelo Sr. Pe. Rezende, seria neste lugar do maior alcance”
(p. VIII).
68.
“Vocação colonial”, Rádio
Nacional, Lisboa, 1 de Outubro de 1944, p. 4-5.
Palestra
sobre Portugal e as suas parcelas ultramarinas (por vezes ditas
“colónias”); tipos de colonização
europeia e seus resultados.
69.
“Paulo Merêa: De Portucale (civitas) ao Portugal
de D. Henrique”, Portucalense Editora, Porto, 1944, Litoral.
Revista Mensal de Cultura, Lisboa, 2, 1944, p. 198-200.
Recensão
crítica daquele estudo modelar de Paulo Merêa,
“trabalho” destinado “a esclarecer um aspecto
importante da nossa génese nacional e que o firmaum
dos mais robustos talentos de historiador aparecidos entre nós”,
dedicado à Alta Idade Média, de “pouca luz em
muitas trevas”.
1945
70.
“Evolução e perspectivas dos Estudos
Olisiponenses”, Revista Municipal, Publicação
Cultural da Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa, 27, 1945, p.
3-12, notas bibliográficas de rodapé.
Lição
inaugural da cadeira de “Estudos Olisiponenses” da
Universidade de Lisboa, proferida no salão da Câmara
Municipal a 25 de Outubro de 1945: história dos Estudos
Olisiponenses, desde o séc. XVI; sugestão de um
programa de pesquisas.
71.
“Expressão da terra portuguesa”, Atlântico,
Lisboa, 6, 1945, p. 20-29.
Portugal,
o Mediterrâneo e o Atlântico; montanha e planície;
humanização das paisagens no decurso histórico;
contrastes regionais e unidade de Portugal.
72.
Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Estudo
geográfico,Coimbra, Coimbra Editora, Lda. - Col.
“Universitas”, 1945, VIII + 246p., 5 mapas em fim de
texto.
“O
essencial dos temas versados neste livro serviu de assunto a algumas
lições e conferências cujas primícias
couberam ao curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra,
em 1941, e à Missão Estética de Férias
que funcionou junto dele”, lê-se no início do
Prefácio da 1.ª edição, cujos capítulos
são: I - O mundo mediterrâneo. II - Portugal
mediterrâneo. III - Portugal atlântico. IV - Variedade e
unidade de Portugal. Em p. 237-239, a Conclusão.
1946
73.
“Território e população”, Portugal.
(Breviário da Pátria para os Portugueses
Ausentes),Lisboa, Edições do SNI
(Secretariado Nacional da Informação), 1946, p. 1-12, 6
mapas e 20 fotos, notas de rodapé.
I -
Posição e dimensão. II - Contrastes naturais.
III - Unidade e variedade. IV - O povo português. V - A
População. VI - Regiões e paisagens.
74.
“Aspectos essenciais da vida económica”, Portugal.
(Breviário da Pátria para os Portugueses
Ausentes), Lisboa, Edições do SNI (Secretariado
Nacional da Informação), 1946, p. 29-44, notas de
rodapé.
Introdução.
I - Os produtos da terra: caracteres gerais. II - A agricultura. III
- As matas. IV - Os gados. V - A vida - A indústria. VII - O
comércio externo. VIII - Conclusão.
75.
Geografia da população em Portugal, Lisboa,
Centro de Estudos Geográficos, 1946, 40 p., 1 fig., 2
mapas em fim de texto, notas de rodapé.
Em
subtítulo, “Estudosde Orlando Ribeiro e Norberto
Cardigos”. O livrinho contém, depois de uma Nota prévia,
distribuição da população: tentativa de
representação cartográfica aplicada ao Algarve
(p. 7-16); mapa do povoamento: dificuldades da sua execução
(p. 17-22, 1 quadro); mapa das povoações de mais de mil
habitantes (p. 23-30, 1 fig.); a propósito da variação
da população de Portugal de 1890 a 1940 (p. 31-40).
“Com este folheto inicia o Centro de Estudos Geográficos
a publicação de uma série de mapas e notícias
para o estudo da geografia da população em
Portugal,...” assim abre a Nota prévia.
1947
76.
“A propósito do carácter continental do Triásico
português”, Boletim da Sociedade Geológica
de Portugal, Porto, VI (III), 1947, p. 255-260, notas
bibliográficas de rodapé.
Ver
n° 48 desta Bibliografia. Importância e critérios
do estudo das formações continentais. Abundantes
referências à tese de doutoramento de G. Soares de
Carvalho (Coimbra, 1946): algumas reflexões em torno dos
resultados apresentados nessa dissertação que “tem
todo o aspecto de pretender demonstrar uma tese – a da origem
marinha do triásico –, formulada pelo Mestre do autor de
maneira mais peremptória do que por qualquer outro geólogo”
(p. 259-260).
77.
“O Território de Lisboa”, Lisboa. Oito séculos
de História, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa,
1947, Vol. I, p. 2-11, 1 mapa.
Texto
incluído em “Publicações comemorativas do
8. ° Centenário da tomada de Lisboa aos Moiros” (2
volumes), nas primeiras páginas do 1. ° Volume: Linhas
essenciais do relevo da área de Lisboa (topografia e
geologia); um lance de olhos ao “assento da cidade das
sete colinas,...” (p. 9). - Monsanto, o vale de Alcântara,
o planalto de Lisboa e a costeira de Loures, os vales do Tejo e seus
afluentes; bairros ou sítios da cidade ligados às
formas do terreno; topografia e principais linhas de circulação.
1948
78.
“Notícia do pastoreio na Serra do Montemuro”,
Miscelânia de Estudos à Memória de
Cláudio Basto, Porto, Imprensa Portuguesa, 1948, p.
333-339, bibliografia; em separata, 7 p.
Caracterização
geográfica da Serra: Serra, Ribeira e Meia-Serra;
economia agrária; rebanhos e transumância;
transformações verificadas. “ temos aqui mais
um exemplo da difusão do milho a favorecer o progresso do
individualismo agrário em detrimento da comunidade da aldeia”.
(p. 339 e p. 7)
79.
“Nótulas de geomorfologia madeirense”, Boletim
da Sociedade Geológica de Portugal, Porto, VII (III),
1948, p. 113-118, 1 fig., notas bibliográficas de rodapé.
Formas
pseudocíclicas; a posição do Miocénico de
S. Vicente. Também referência a Porto Santo.
80.
“Prefácio”, in Jorge Dias, Vilarinho da
Furna. Uma aldeia comunitária, Porto, Instituto para a
Alta Cultura – Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, 1948,
p. VII-XV.
Os
estudos etnográficos em Portugal; António Jorge Dias e
a sua tese de doutoramento em Munique, que “refundida e
ampliada, constitui o presente trabalho” (p. IX). “Para
além do alcance científico, o presente estudo tem o
interesse de nos mostrar um mundo estranho, insuspeitado para tanta
gente que formou a sua cultura nas cidades e apenas passeou pela
montanha uma curiosidade passageira e ociosa” (p. XIII).
81.
“Sur quelques traits de la campagne portugaise”, Mélanges
Géographiques offerts en hommage à
M. Daniel Faucher, Toulouse, Editions Toulousaines de
l’Ingénieur, 1948, p. 427-437.
A
fisionomia dos campos como um dos traços mais impressionantes
da paisagem rural, tipos de campos, em relação com
factores geográficos e históricos; evolução
agrária em Portugal e do povoamento.
1949
82.
“Campos limpos e campos arborizados”, Arquivo de Beja,
Boletim da Câmara Municipal, Beja, VI (III e IV), 1949, p.
241-247, notas bibliográficas de rodapé. Campos limpos
e campos arborizados, consoante as regiões do País; sua
evolução e caracterização geográfica.
83.
“A Cova da Beira. Controvérsia de Geomorfologia”,
Comunicações dos Serviços Geológicos
de Portugal, Lisboa XXX, 1949, p. 23-41, 2 figs., 2 ests.,
bibliografia, notas de rodapé.
“A
Cova da Beira não é mais do que um dos vários
alvéolos tectónicos que marginam a Cordilheira Central,
afeiçoado por um nível geral com uma perfeição
que a depressão tectónica favoreceu” (p. 40)...
“Os resultados apresentados diferem sensivelmente dos expostos
por P. Birot” (p. 41). Contém um esboço
morfológico da Cova da Beira e seus confins (est. III).
84.
“Engenheiro António Vianna”, Boletim da
Sociedade Geológica de Portugal, Porto, VIII
(I-II), 1949, p. 135-140, bibliografia científica, 1 foto.
Os
estudos geológicos em Portugal; os Serviços Geológicos
e a sua renovação graças “ao tacto, saber
e tenacidade do Engenheiro António Vianna, que em 1935 foi
nomeado seu director”; notas sobre esta personalidade e a
sua obra.
85.
“O fosso do médio Zêzere”, Comunicações
dos Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, XXX,
1949,
“O
traçado do Zêzere é complexo” (p. 79). “O
curso médio do Zêzere aparece assim enquadrado entre
deslocamentos paralelos aos que limitam a Cordilheira Central”
(p. 85). “Esta disposição tectónica ajuda
a compreender o traçado do Zêzere e a localização
dos níveis da sua bacia. Estes são essencialmente
retoques cíclicos em compartimentos abatidos” (p. 85).
“O rio é posterior à formação da
Cordilheira....”. “Daí as incertezas de
interpretação, obrigada muitas vezes a seguir o caminho
tortuoso das analogias, dos argumentos negativos e das hipóteses
aceites por eliminação das que se afiguram menos
prováveis” (p. 85).
86.
L’Île de Madère. Étude géographique,
Lisboa, UGI. Congrès International de
Géographie, Lisbonne,
1949,
175 p., 36 figs., XXV pl., IX cartas; bibliografia.
Constitui
um dos livros-guias de excursão do XVI° Congresso
Internacional de Geografia, realizado em Lisboa, e contém:
Cap. I – O relevo. Cap. II – O clima, as águas, a
vegetação. Cap. III – A economia e a vida rural.
Cap. IV – A pesca e as indústrias. Cap. V – A
população, o povoamento e a circulação.
Em p. 169-170, incluem-se indicações bibliográficas
e cartográficas; os nove mapas estão em fim de texto.
87.
Le Portugal Central. (Livret-guide de l’excursion C),
Lisboa, UGI, Congrès International de Géographie,
Lisbonne, 1949, 180 p., XXII pl., X cartas, bibliografia (reimpressão
em 1982).
Outra
importante excursão do XVIº Congresso Internacional de
Geografia: Introdução; 1º dia – Buçaco,
o planalto da Beira Alta, a depressão de Celorico; 2º dia
– A serra da Estrela; 3º dia - A bacia do Zêzere; 4º
dia – As áreas a leste de Castelo Branco; 5º dia –
De Castelo Branco a Coimbra; 6º dia - O Maciço Antigo na
região de Coimbra; 7º dia - Coimbra.
88.
“Prefácio”, em Mélanges d’Études
Portugaises offerts à M. Georges Le Gentil,
Instituto para a Alta Cultura, Lisboa, p. 1-4.
O texto será incluído em Variações
sobre Temas de Ciência, Lisboa, 1970, p. 217-224 (veja-se o
nº 231 desta Bibliografia).
89.
A propósito do “Atlas de Portugal
Ultramarino”, Lisboa, 1949, 16 p. dactilografadas e
policopiadas.
Notas
sobre o Atlas editado pela Junta das Missões Geográficas
e de Investigações Coloniais em 1948. Àquele
título deverá acrescentar-se “e das
grandes viagens portuguesas de descobrimento e expansão”.
90.
A Universidade e o espírito científico, Lisboa,
s. e., 1949, 42 p.
Como
nota de abertura tem a informação de “Oração
de sapientia pronunciada na sessão de abertura solene
da Universidade Clássica de Lisboa a 31 de Outubro de 1949. O
texto está publicado em Anuário da Universidade
de Lisboa, Ano escolar de 1949-50, Lisboa,
s. d., p. 17-33. “Seja qual for o âmbito que se pretende
atribuir à Universidade, sejam quais forem os caminhos que se
abram à sua função social e à sua
influência da nossa vida colectiva, a Ciência figura
sempre como seu objectivo fundamental”. “A Universidade
carece de suscitar vocações científicas que se
possam orientar, com segurança e eficiência, na
investigação regional” .
91.
“Funchal: la ville et le port”, Lisbon
Courier, 1 de Fevereiro de 1949, p. 6 e
7.
Fundação
e evolução da cidade desde o século XVI;
actividades económicas, o porto e a sua importância; o
turismo; o crescimento urbano recente mais marcado nos arredores.
92.
«À propos du XVIème Congrès
International de Géographie», Rivages,
Março de 1949, p. 1 e 3.
No
Órgão dos Alunos do Curso Liceal da École
Française de Lisbonne, nas páginas 1 e 3, a
primeira parte de um extracto do livro-guia consagrado ao Portugal
Central, uma das grandes excursões do programa daquele
Congresso. A publicação antecedeu a abertura do
Congresso.
1950
93.
“Missão da Geografia à Guiné em 1947;
Acerca do mapa topográfico da Guiné”, Anais da
Junta de Investigações Coloniais, Lisboa,
V (III - Estudos de Geografia), 1950, p. 3-23 e p. 25-34.
O
primeiro texto é uma notícia da Missão efectuada
na Guiné de Março a Maio de 1947. Traz elementos sobre
as condições da sua organização e
desenrolar, uma súmula dos resultados obtidos e considerações
sobre os desejáveis prolongamentos.
No
segundo texto, encontram-se referências ao mapa de 1:500 000,
de 1933. Achegas para o programa de um mapa na escala 1:100 000,
projectado pela Missão Geo-hidrológica da Guiné,
indicando o autor certos aspectos fundamentais que deveriam ser tidos
em conta, tais como as grandes unidades do relevo; a distribuição
da população; a repartição das lalas e
das bolanhas; as couraças lateríticas; as
coberturas de vegetação e os modos de utilização
do solo.
94.
“Les dépôts de type ‘raña’
au Portugal”, Comptes Rendus du Congrès
International de
Géographie,
Lisbonne 1949, Lisboa, II, (Travaux des Sections II et
III, 1950, p. 152-159, 3 ests. bibliografia.
Em
colaboração com Mariano Feio, definição
de raña, suas características e relações
topográficas – rañas de piedmont e rañas
de peneplanície; quadro climático mais favorável
à sua formação; distribuição
actual na Península Ibérica e datação
relativa; raña e rede hidrográfica – relações
cronológicas.
95.
“Une nouvelle
carte de la répartition de la population au Portugal”,
Comptes Rendus du Congrès
International de Géographie, Lisbonne 1949,
Lisboa, I (Travaux de la Section I), 1950,
p. 276-280.
Nas
Actas do XVIe Congresso Internacional de Geografia, Secção
de Cartografia, comunicação que contém
referências a trabalhos anteriores; a apresentação
da carta elaborada (em colab.) na escala de 1:500 000 e comentários
geográficos.
96.
Problemas da investigação científica
colonial, Lisboa, Junta de Investigações
Científicas Coloniais,
1950,
23 p., (com resumos em francês e inglês)
Texto
de um Colóquio, em programa realizado naquela Junta, em 30 de
Dezembro de 1949, e que constitui o caderno n.° 5 da série
publicada. Problemas gerais relativos à organização,
ao espírito e aos fins da investigação
científica colonial, através dos seguintes aspectos: o
recrutamento de investigadores e a preparação
universitária; constituição de equipas e
importância dos locais de trabalho; temas de investigação
colonial; trabalhos de campo e o papel das missões; publicação
dos resultados científicos; o espírito do trabalho
científico. O texto inclui ainda intervenções de
várias pessoas que assistiram ao Colóquio. O texto será
retomado em Variações sobre Temas de Ciência,
Lisboa, 1970, p. 131-163 (veja-se nº 231 desta
Bibliografia).
97.
“Discours (Scéance de clôture du XVIème
Congrès International de Géographie)”, Comptes
Rendus du Congrès International de Géographie,
Lisbonne, 1949, Lisboa, I (Travaux de
la Section II), 1950, p. 100-103 (veja-se nº 231 desta
Bibliografia).
Balanço
do Congresso, da sua preparação numa altura ainda
difícil, tendo em conta os efeitos da IIª Grande Guerra,
terminada em 1945, recordando o autor a primeira vez que assistira a
uma daquelas Reuniões Internacionais, em Amesterdão,
1938.
98.
“Imagens da terra e do homem. Três tipos de paisagem”,
Serões - Revista Ilustrada, S. Paulo (Brasil),
Outono de 1950, p. 95-102.
Texto
extraído de Introdução ao estudo da Geografia
Regional, ainda em preparação: o homem nas
paisagens de dominância da natureza (regiões desérticas,
regiões montanhosas, etc.); o homem nas paisagens modificadas
por ele próprio (o campo, etc.); e o homem nas paisagens de
dominância das obras humanas (as cidades).
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