Orlando Ribeiro scientific bibliography (1971-1980)

1934 - 1950 1951 - 1960 1961 - 1970 1981 - 2004

 

1971

233. “Ainda em torno das origens de Viseu”, Beira Alta, Arquivo Distrital, Viseu, XXX (IV), 1971, p. 437-444, notas de rodapé.
Esclarecimentos acerca de comentários feitos pelo Dr. Lucena e Vale (Beira Alta, XXX (I e II), 1971) ao seu artigo sobre Viseu.

234. “Comentários geográficos a dois passos de ‘Os Lusíadas’“, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, VI (12), 1971, p. 246-247.
Em “Notas e Recensões”, a propósito das palavras quasi e cume do verso “Eis aqui, quasi cume da cabeça” (Os Lusíadas, III,20); a cartografia da época de Camões, e a orientação dos mapas com o oeste para cima; o significado geográfico daquelas palavras.

235. “Les conditions historiques de la régionalisation de l’espace au Brésil”, La Régionalisation de l’espace au Brésil, Paris, Centre National de la Recherche Scientifique, 1971, p. 27-30.
Comunicação apresentada num Seminário Internacional do C.N.R.S., reunido no Centro de Estudos de Geografia Tropical de Bordéus, 20-22 de Novembro de 1968, sobre aquele tema. Pernambuco e Baía, cidades portuárias, aspectos da economia agrícola em torno delas; introdução de culturas, de animais e de homens; o litoral e o sertão;as plantações e a criação de gado. “Esquematicamente poderá dizer-se que cada século se marcou no Brasil por uma forma de actividade preponderante e pela organização duma parte do seu espaço em torno de uma fundação urbana” (p. 28). O destino do Brasil equatorial; o século XVIII, “idade do ouro e dos diamantes”; o café e o gado, no século XIX; a evolução da população e a sua composição; as grandes regiões brasileiras e o papel das cidades.

236. “L’évolution agraire du Portugal Méditerranéen. A propos d’une thèse récente”, Études rurales,Paris, 41, 1971, p. 94-103, notas de rodapé.
Notas e comentários em torno da tese de Albert Silbert, Le Portugal méditerranéen à la fin de l’Ancien Régime, XVIII.e – début du XIX.e siècle. Contribution à l’histoire agraire comparée, Paris, 1966, de que já se ocupara em publicação anteriormente citada (veja-se nº., 224 desta Bibliografia).

237. “Hermann Lautensach (1886-1971)”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, VI (12), 1971, p. 161-163, 1 foto.
Em homenagem ao que foi grande investigador e mestre da Geografia da Península Ibérica, “que dedicou inteiramente à Ciência a sua longa e laboriosa existência” (p. 161).

238. “Povoamento”, Dicionário de História de Portugal (dirigido por Joel Serrão), Lisboa, Iniciativas Editoriais, vol. IV/SIS-ZUR, Adenda, Cronologia, Índices, 1971, p. 466-485.
Descrição dos tipos de povoamento; interpretação dos tipos de povoamento; nomenclatura dos locais de habitação; divisões interiores; cercanias das povoações; povoamento anterior à Reconquista; povoamento na Reconquista: até ao século XII (villas e paços); povoamento na época portuguesa: séculos XII e XIII; da baixa Idade Média à actualidade; formações insensíveis.

239. “Publicações recentes acerca da Península Ibérica. (Quarta Notícia)” Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, VI, (12), 1971, p. 255-276, 5 figs.
Em “Notas e Recensões”, uma apresentação minuciosa de H. Lautensach, Iberische Halbinsel, Munique 1964: Originalidade da Península; metodologia; relevo e clima; os rios; evolução geomorfológica; vegetação; o peso da tradição; agricultura, matas, gados: regadio e sequeiro; minas; indústria; pescas; circulação; povoamento e população.

240. “Reflexões de um geógrafo. A grande debandada”, Diário de Notícias, Lisboa, 8 de Outubro de 1971, p. 4.

1972

241. “Localização e destino dos centros urbanos de Trás-os-Montes”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, VII (13), 1972, p. 46-70, 3 figs., notas de rodapé, resumos em francês e inglês.
Dedicado “À Memória de Virgílio Taborda”, o artigo contém, depois de uma pequena introdução, as seguintes partes: Condições naturais; principais centros em 1530; do século XVII aos nossos dias; tentativa de interpretação. “Utilizei apenas, completando-os com dados e observações dos nossos dias, dois ‘momentos’ da evolução dos principais centros povoados de Trás-os-Montes: 1530 e o fim do século XVII” (p. 67).

242. Il Mediterraneo. Ambiente e Tradizione,Milão, U. Mursia & Co., 1972, 190 p. ( 2.ª edição em 1976, 3ª edição em 1983.
Tradução italiana do livro Mediterrâneo. Ambiente e tradição, Lisboa, 1968 (ver nº., 206 desta Bibliografia).

243. “Nouvelle Géographie” et Géographie Classique. (À propos de deux éditions récentes)”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, VII (14), 1972, p. 167-198, 3 figs., notas de rodapé.
Os dois livros são J. L. Berry Brian, Géographie des Marchés et du Commerce de Détail (tradução da edição americana de 1967), e Pierre Gourou, La Terre et l’Homme en Extrême-Orient (nova edição). “Le premier embrasse, sur le plan théorique mais avec de nombreux exemples à l’appui, un important problème de Géographie économique générale dont les implications sont de grande signification dans la vie moderne” (p. 167). “La nouvelle édition de Pierre Gourou couronne presque un demi siècle de recherches où l’Extrême-Orient et le monde tropical eurent la plus belle part.” (p. 167). Comparação das concepções geográficas, tão diferentes, das duas obras; reflexões em torno de certas teorias geográficas. A “nova Geografia” e a Geografia clássica.

244. “’Nueva Geografia’ y Geografia clásica. A proposito de dos publicaciones recientes”, Revista de Geografía. (Departamento de Geografía de la Universidad de Barcelona), Barcelona, VI (2), 1972, p. 145-167, notas de rodapé.
Tradução do artigo anteriormente citado.

245. “O Professor Torre de Assunção”, Revista da Faculdade de Ciências de Lisboa,Lisboa, 2.ª Série - C, XVII (1), 1972, p. XXIX-XXXI.
Por altura da jubilação daquele professor, recordavam-se as qualidades do homem e do investigador científico; “eram notáveis a clareza e o poder de comunicação do seu ensino...” (p. XXIX).

246. “Réflexions sur le métier de géographe” Études de Géographie tropicale offertes à Pierre Gourou,Paris, École Pratique des Hautes Etudes (VIe Section), Sorbonne/Mouton & Co., 1972, p. 69-92.
Artigo incluído em livro de homenagem a Pierre Gourou, e que o autor inicia com a frase: “Au moment où la Géographie semble passer par une mutation profonde, il n’est pas inutile de s’interroger sur le métier de géographe, de réfléchir à la valeur de ses constantes et de soumettre à une critique serrée quelques nouvelles ressources de recherche et d’élaboration” (p. 69). Alexander von Humboldt e Carl Ritter fundadores da Geografia moderna; Vidal de La Blache e as suas ideias; H. Lautensach e a Geografia de Portugal - e outros exemplos; preocupações do geógrafo; a necessidade de repensar os princípios geográficos e, em face das transformações na superfície do Globo e da evolução dos conhecimentos sobre os fenómenos geográficos; P. Gourou, o homem e o geógrafo.

247. “Condições geográficas da assimetria dos factos demográficos em Portugal Continental – tema de uma conferência do Prof. Orlando Ribeiro”, Diário de Notícias, 14 de Dezembro de 1972, p. 7.
Tema de conferência proferida na Sociedade de Geografia de Lisboa: relevada a importância dos censos e da sua análise para melhor compreensão da evolução demográfica; mudança de rumos de emigração portuguesa, do Brasil para países da Europa central e a forma como os trabalhadores portugueses contribuíram para formação de uma Europa “verdadeiramente europeia”; movimentos migratórios no interior do País e as grandes concentrações na faixa litoral.

1973

248. “Um Mestre da Geografia do nosso século: Emmanuel de Martonne (1873-1955)”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, VIII (16), p. 163-264, 2 figs., 1 fotografia, notas de rodapé, resumos em francês e inglês.
Longo artigo dedicado ao grande Mestre e que foi seu professor: recordações pessoais. A Escola geográfica francesa: primícias de uma carreira. O Tratado de Geografia Física. Estudos regionais a várias escalas. O geógrafo explorador. Preocupações de Geografia Geral. A Geografia Física da França e o Atlas de França. O organizador: o Instituto de Geografia; União Geográfica Internacional. Conclusão: a lição de uma obra. Além de numerosas citações, o artigo tem 39 notas infrapaginais.

249. “O Etnólogo Jorge Dias”, Expresso, Lisboa, 10 de Fevereiro de 1973.
Homenagem a Jorge Dias, falecido inesperadamente, em plena robustez intelectual”. Recordado o vasto labor científico de um grande Mestre, a par da sua preparação em Coimbra e em várias universidades alemãs. Os discípulos que foi criando e referências às obras mais notáveis.

250. “Une nouvelle Géographie de l’Afrique”, Cahiers d’Outre-Mer,Bordéus, 101 (26.e année), 1973, p. 87-102.
Recensão da obra de Pierre Gourou, L’Afrique,Paris, 1970. “Ce livre est, comme toute l’oeuvre de Pierre Gourou, une leçon de méthode. Les assises physiques sont toujours présentes, elles introduisent des rapports avec la vie humaine, n’empêche que la ‘clef de l’explication’ c’est la civilisation qui la donne” (p. 39).

251. “La pensée géographique de Pierre Gourou”, Annales de Géographie, Paris, 49 (Année LXXXII), 1973, p. 1-7.
Orlando Ribeiro põe em evidência os traços fundamentais do pensamento geográfico de Pierre Gourou, considerado um dos grandes Mestres da Geografia das Regiões tropicais. “La pensée de Pierre Gourou est admirablement servie par un style alerte et précis, vif et imagé” (p. 6), recordando-se o percurso através das suas obras, desde a tese sobre Les Paysans du Delta Tonkinois, Paris, 1936, aos livros L’Asie,Paris, 1953, e L’Afrique,Paris, 1970, às Leçons de Géographie tropicale,Paris, 1971, sem esquecer, evidentemente, o já clássico Les Pays tropicaux, Paris, 1947, com numerosas edições e traduzido em diversas línguas.

252. La Zone Intertropicale Humide,Paris, A. Colin, Colection U, Série “Géographie”, 1973, 276 p., 60 figs., 31 fotos, 10 documentos (textos escolhidos), l mapa em fim de texto.
Escrito em colaboração com Suzanne Daveau, destinado a estudantes de Geografia e outros, segundo Philippe Pinchemel, no Prefácio, os autores “brossent de ces régions équatoriales et tropicales humides un tableau de qualité.” ... “Mais surtout ce livre est une authentique géographie culturelle des tropiques humides, décrivant une étonnante sédimentation historique de civilisations autochtones et de colonisations sucessives” (p. 6). Os aspectos e problemas do Brasil e das antigas colónias portuguesas têm a importância que merecem. Do índice destacam-se: Introdução (o conhecimento geográfico da zona intertropical). 1ª Parte - Os grandes traços da Geografia física. 2.ª Parte - A vida tradicional e a intervenção europeia. 3.ª Parte - As características do mundo tropical actual. Conclusão e Anexos. Para cada Parte há conclusões parciais, documentos adequados e orientações bibliográficas.

1974

253. “Centenário do tetraedro ou uma história de proveito e exemplo”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, IX (17), 1974, p. 106-111, 1 fig., notas de rodapé.
Em “Notas e Recensões” onde, a propósito de Contos e Histórias de Proveito e Exemplo,de Gonçalo Fernandes de Trancoso, o autor recorda o centenário da publicação de Vestiges of the Molten Globe, de L. Green, em Londres, 1873, com a célebre teoria do tetraedro, seus reflexos e curtas deambulações em torno dela.

254. “A demissão do Ministro. Colapso da Universidade”, Diário de Notícias, Lisboa, 4 de Dezembro de 1974.
Sobre a situação crítica na Universidade após o 25 de Abril. A demissão do Ministro Magalhães Godinho, pelo que “acaba de perder o Governo a sua figura intelectual de maior relevo e de maior prestígio”. O texto seria incluído em A Universidade em crise,Lisboa, 1976, p. 131-136 (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

255. “Descolonização, ensino e ciência”, Diário de Notícias,Lisboa, 28 de Outubro de 1974.
“A emancipação progressiva do ultramar não nos dispensa, antes obriga, a prosseguir a obra de educação e de pesquisa científica incrementada nos últimos anos”. O texto seria retomado em Destinos do Ultramar, Lisboa, 1975, p. 87-96 (veja-se nº., 269 desta Bibliografia).

256. “Um destino singular”, Diário de Notícias, Lisboa, 24 de Julho de 1974, p. 1-2.
Algumas notas sobre V. Magalhães Godinho, o professor, o investigador e o Ministro.

257. “Elogio do Doutor Pierre Birot, proferido pelo Prof. Orlando Ribeiro”, Sete Doutoramentos Honoris Causa pela Faculdade de Letras, Variæ Regestæ Universitatis Olisiponensis I,1974, p. 39-46, 1 fotografia.
A importância da obra geográfica de P. Birot: o homem, o docente e o investigador científico; as suas relações com Portugal.

258. “A lição de trabalho de Leite de Vasconcellos”, Diário de Notícias,Lisboa, 8 de Julho de 1974, p.
Notas a propósito do aparecimento dos primeiros exemplares de o Teatro Popular Português, o primeiro tomo dos quais se refere aos Açores: referência aos colaboradores, nomeadamente a António Machado Guerreiro, responsável por aquele volume. O texto seria retomado em A Universidade em crise,Lisboa, 1976, p. 105-109, (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

259. “Memórias da vida universitária”, Diário de Notícias,Lisboa, 1974; com os subtítulos “A situação da Faculdade de Letras em Maio de 1974”, D. N.,27 de Dezembro; “Uma deserção de alunos”, D. N.,28 de Dezembro.
Os textos seriam incluídos em A Universidade em crise, Lisboa, 1976, p. 121-129 (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

260. “O momento actual da Geografia política portuguesa”, Diário de Notícias,Lisboa, 24 de Setembro de 1974; sob o mesmo título e no mesmo jornal diário, “Avançadas insulares do Velho Mundo”, D. N., 25 de Setembro de 1974; “Problemas e soluções: S. Tomé, Macau e Timor”, D. N., 26 de Setembro de 1974; “O destino dos Africanos brancos”, D. N., 9 de Outubro de 1974; “As tensões raciais e a ambição e pluri-racialidade das nações a descolonizar”; “Dificuldades específicas de Angola”, D. N., 22 de Outubro de 1974; “Observações angolanas - um castro romanizado”.
Estes artigos seriam retomados no livro Destinos do Ultramar, Lisboa, 1975, p. 11-83 (veja-se nº., 269 desta Bibliografia).

261. “Notas de Leite de Vasconcellos acerca da vida comunitária em Portugal”, In Memoriam António Jorge Dias, Instituto de Alta Cultura - Junta de Investigações Científicas do Ultramar, Vol. II, 1974, p. 385-392.
Baldios e repartições de terras; vezeiras de porcos e pastoreio de bois; forno comum; lagar comum; celeiros e eiras comuns; moinhos comuns; pesqueiras comuns; roçadas; troca de serviços agrários; conselhos; rebusco e respigo. Conclusões acerca desse feixe de informações.

262. “As novas Universidades e a sua localização”, Diário de Notícias,Lisboa, 6 de Agosto de 1974, p. 1 e 5.
Importância da localização das Universidades e seus reflexos regionais; algumas sugestões de localização; Institutos politécnicos e Escolas Normais superiores; a letra e o espírito. O texto seria incluído em A Universidade em crise, Lisboa, 1976, p. 111-119 (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

263. “O perfil de um Ministro”, Diário de Notícias, Lisboa, 15 de Julho de 1974, p. 1 e 7.
O Ministro da Educação J. Veiga Simão e as suas medidas sobre o ensino; os trabalhos das comissões de estudos; o aparecimento de novas escolas.

264. “Prefácio”, emJúlio Monteiro Júnior, Os Rebelados da Ilha de Santiago, de Cabo Verde,Lisboa, Centro de Estudos de Cabo Verde, 1974, p. 5-7.
A propósito do tema e do autor, algumas palavras ditadas pela amizade.

265. “Varenius, precursor da Geografia moderna”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, IX (17), 1974, p. 102-106, notas de rodapé.
Em “Notas e Recensões”, relembrado Bernhard Varen, ou Bernardus Varenius, a sua Geographia Generalis e o significado desta obra.

266. “O XXIII Congresso Internacional de Geografia, Moscovo, 1976”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, IX (17), 1974, p. 100-102.
Notícia acerca do Congresso que se realizaria em Moscovo e do programa então anunciado.

267. “Reflexões sobre o ensino das ciências humanas”, Seara Nova, 1544, Lisboa, Junho de 1974, p. 17-18.
Publicadas depois de Abril de 1974, datando de 1 de Maio, o Autor procura mostrar como “o ensino integrado e orgânico das Ciências Humanas” é muito importante, “pois uma escola não é, afinal, outra coisa. Sem este espírito, não passa de uma instalação material e de um ajuntamento heteróclito de pessoas”.

1975

268. “A deplorável supressão das dissertações de licenciatura”, Diário de Notícias, Lisboa, 14 de Março de 1975.
A propósito da medida do governo que suprimiu “as dissertações de licenciatura na Faculdade de Letras, sem que para tanto os seus professores houvessem sido consultados” ... “Em vez da Universidade selectiva estamos assistindo a um descalabro pela multiplicação de facilidades...”. O texto seria retomado em A Universidade em crise, Lisboa, 1976, p. 149-153 (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

269. Destinos do Ultramar, Lisboa, Livros Horizonte, 28, Colecção Horizonte, 1975, 100 p.
Volume contendo a série de artigos publicados no Diário de Notícias, Lisboa, 24 de Setembro a 28 de Outubro de 1974 (nº., 260 desta Bibliografia), “redigidos ao correr da pena sobre resultados de alguns anos interpolados de viagens e de muitos de reflexão”... “Escrito de circunstância motivado pela descolonização, propõe-se ajudar a compreender, a reflectir e a constituir uma opinião fundamentada” (p. 9-10). Orientações de leituras em p. 97-99.

270. “O espaço urbano do Porto. Resultados e problemas”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, X (19), 1975, p. 163-171.
Em “Notas de Recensões”, apreciação da tese de doutoramento de José Manuel Pereira de Oliveira, O Espaço Urbano do Porto. Condições naturais e desenvolvimento, Coimbra, 1973: Delimitação do espaço urbano. Quadro natural. Evolução urbana. Modernização da cidade. Morfologia urbana. Observações metodológicas. Porto e Lisboa: anotações comparativas.

271. “Gratulação a Paulo Quintela”, Biblos, Revista da Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Coimbra, LI - Miscelânea de Estudos em honra do Prof. Paulo Quintela, 1975, p. 1-2.
Invocando Rilke, Hölderlein, Trakl, Sachs, faz referência às traduções e estudos de P. Quintela, de quem recorda também a actividade de homem de teatro; professor notável. “Paulo Quintela não teve na sua vida universitária as facilidades concedidas a tantos medíocres e acomodatícios”.

272. “O problema fundamental da Universidade”, Diário de Notícias, Lisboa, 6 de Março de 1975.
O espírito da Universidade; a relação entre docentes e discentes, “que tem de permitir o convívio intelectual e humano entre uns e outros”; coordenação necessária do ensino praticado nas várias escolas. O texto seria incluído em A Universidade em crise, Lisboa, 1976, p. 145-147 (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

273. “Réflexions sur les paysages agraires de la Méditerranée: le déclin d’une civilisation”, Convegno internazionale “I Paisaggi Rurali Europei”, Perugia 7-12 Maggio 1973, Perugia, 1975, p. 545-564, notas de rodapé.
Nas Actas daquela reunião, notas sobre as condições naturais e as paisagens humanizadas; as plantas cultivadas tradicionais (a vinha e a oliveira, e o trigo); a civilização do trigo;formas de utilização do solo - sequeiro e regadio; a vida económica tradicional e as modificações recentes. Evolução irreversível, fim duma civilização milenária ou mutação profunda da qual poderá sair uma nova organização dos campos mediterrâneos?

274. “Sobre as origens de Portugal”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, X (19), 1975, p. 154-162, notas de rodapé.
Apreciação de dois livros de Torquato de Sousa Soares, Reflexões cobre a origem e a formação de Portugal,Coimbra, 1962, e Contribuição para o estudo das origens do povo português, Sá da Bandeira, 1970, “Penso que nestes imbricados problemas de origens a Geografia e a Etnologia possam esclarecê-los a uma luz ‘estrutural’. É a essa luz que as conclusões implícitas nos trabalhos de Torquato Soares me parecem em larga parte inaceitáveis” (p. 162).

275. “Universidade selectiva”, Diário de Notícias,Lisboa, 6 de Março de 1975.
“A Universidade selectiva é necessária, não apenas como remédio contra a explosão escolar (que não é um fenómeno posterior ao 25 de Abril pois já há muito se vinha manifestando) mas contra a impreparação que os estudantes trazem do ensino secundário, cada vez mais ‘massificado’ - o que equivale a dizer cada vez menos selectivo”. Reflexões em torno do tema. O texto viria a ser incluído em A Universidade em crise, Lisboa, 1976, p. 137-144 (veja-se nº., 283 desta Bibliografia).

1976

276. “Dificuldades da Independência”, Nova Terra, Lisboa, 8 de Maio de 1976.
Artigo publicado naquele Seminário. “O processo de secessão do Ultramar é irreversível para todos mas pode ser encarado de diferentes maneiras. Para a maioria é o fim dum pesadelo e, como tal, motivo de regozijo.”

277. “A Geografia esquartejada pela UNESCO”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XI (22), 1976, p. 317-318.
Em “Documentos para o Ensino”, uma nota crítica a propósito de uma classificação dos domínios científicos, que divide os da Geografia pelas Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais.

278. “Geografia política. A propósito de um livro sobre as eleições de 1975”, Critério, Revista Mensal de Cultura, Lisboa, 6 (Ano 1), 1976, p. 3-7.
Artigo em torno do livro de Jorge Gaspar e Nuno Vitorino, As eleições de 25 de Abril. Geografia e imagem dos partidos,Lisboa, 1976; reflexões e citações de outros autores.

279. “Ilha de Moçambique”, Nova Terra, Lisboa, 16 de Maio de 1976.
Artigo publicado naquele Semanário, sobre a ilha do Oceano Índico, junto da costa africana.

280. “Linhas de rumo”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XI (21), 1976, p. 5-11, notas de rodapé.
Sobre a Finisterra,no momento de ter ultrapassado dez anos de publicação. “Ela deve continuar a ser um testemunho internacional da qualidade da geografia que procuramos fazer” (p. 11).

281. “Regiões históricas”, Scritti geografici in onore di Riccardo Riccardi, Memorie della Societá Geografica Italiana,Roma, 1976, p. 723-729.
Definição de “região histórica” e os problemas de fronteiras; fronteiras em estudos regionais, com exemplos diversos, referidos a vários tipos de regiões (naturais, administrativas, urbanas, etc.). “A ausência de unidade geográfica necessária, a combinação de parcelas de regiões distintas, parecem ser a regra em todos os tipos das chamadas regiões históricas (p. 729).

282. “Silva Telles, introdutor do ensino da Geografia em Portugal”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XI (21), 1976, p. 12-36, 1 fotografia, notas de rodapé, resumos em francês e inglês.
Artigo dedicado ao homem e à sua obra, recordados numerosos episódios da vida do professor, cuja “palavra fácil e brilhante tornava as suas aulas atraentes” (p. 12); do homem público, que foi Reitor da Universidade de Lisboa e depois Ministro da Instrução Pública; do geógrafo autodidacta, a quem se ficou a dever a introdução de “um método rigorosamente científico” (p. 34) no ensino de Geografia.

283. A Universidade em crise,Lisboa, Edições Cosmos, Col. “O Ponto das Questões”, n.º 3/4, 1976, 162 p.
Livro dedicado “A Manuel Rodrigues Lapa, ao investigador eminente, ao Mestre incomparável, ao cidadão exemplar”, depois de um Prefácio, tem as seguintes partes: 1.ª - Para a organização dos estudos superiores de Ciências Humanas. 2.ª - Discursos e entrevistas. 3.ª -Artigos de jornais. “O presente livrinho reúne três peças de índole muito diversa, pela natureza e pela intenção” (p. 11), a maioria publicada em vários locais. (vejam-se indicações nos nºs., 227, 254 e 258, desta Bibliografia. “O título do livro visa descrever um estado real, pela hipertrofia das universidades, pela subversão dos quadros docentes, pela impreparação dos alunos e pelo acesso ao ensino de massa - provavelmente imprescindível -, e as frouxas estruturas com que ele procura ser atamancado” (p. 13).São inéditos os textos da 1.ª Parte - “Para a organização dos estudos superiores de Ciências Humanas” - correspondendo ao relatório da Comissão de docentes nomeada em 7de Setembro de 1970,para coligir informação relativa à reforma das Faculdades de Letras (p. 15-60);e do Apêndice (Sobre a orientação do Instituto de Alta Cultura em matéria de Centros de Estudos).

1977

284. Introduções Geográficas à História de Portugal. Estudo crítico,Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Col. “Estudos Portugueses”, 3, 1977, 230 p., 8 mapas.
Dedicado “Aos alunos de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que acompanharam, durante dois decénios, o meu ensino de Geografia Humana”. Contém o seguinte: Obras do Autor relativas ao assunto. Exergo. Prefácio. Introdução. Cap. I - Em torno de Oliveira Martins. Cap. II - Em torno de Jaime Cortesão. Cap. III - Em torno de António Sérgio. Cap. IV - Economia e sociedade no quadro peninsular. - Conclusão. Também numerosas transcrições de textos, e notas de fim de páginas.

285. “Nótula sobre a ‘inutilidade’ da Ciência”, Biblos, Revista da Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Coimbra, LIV, 1977, p. 187-192.
Em 2.ªParte da Homenagem a Victor Matos e Sá,reflexões em torno da orientação da pesquisa científica, do papel das Universidades e da especialização. A interdisciplinaridade científica - o exemplo da Geografia.

286. “Palavras do Professor Decano, Doutor Orlando da Cunha Ribeiro, Catedrático da Faculdade de Letras”, Palavras proferidas na Cerimónia de posse do Professor Ilídio do Amaral: Reitor da Universidade de Lisboa, Universidade de Lisboa, Lisboa, 1977.
Referência a três pontos fundamentais das suas ideias sobre a Universidade: qualidade de um grémio universitário; promoção da Ciência; massificação e consequente subversão do ensino.

287. Carta Geológica de Portugal, na escala de 1:50 000, Folha 27-D (Abrantes), Serviços Geológicos de Portugal, 1977.
Colaboração com C. Teixeira, F. Gonçalves e G. Zbyszewski.

1978

288. “Aroldo de Azevedo”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIII (25), 1978, p. 102-104, notas de rodapé.
Notas sobre a vida e a obra de Aroldo de Azevedo, professor da Universidade de São Paulo (Brasil), que “exerceu acção muito notável no desenvolvimento dos estudos geográficos no Brasil, a diferentes níveis” (p. 102).

289. “O Brasil: evolução singular no Império Português”, Revista Portuguesa de História, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Instituto de História Económica e Social, Coimbra, XVII, 1978, p. 231-243.
Em volume de homenagem ao Doutor Torquato de Sousa Soares: Achamento e organização do Brasil; cana-de-açúcar e gado; origem dos povoadores; uma população mestiça - raça e classe; alargamento do território - as Bandeiras; a mineração; revoltas locais brasileiras; a independência do Brasil, dom da coroa portuguesa; os portugueses no Brasil. Frequentes comparações com Angola.

290. “Cartas Elementares de Portugal, de Bernardino de Barros Gomes (1878)”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIII (26), 1978, p. 226-229, notas de rodapé.
Em “Notas e Recensões”, sobre as célebres Cartas Elementares publicadas “há precisamente um século”... “em larga difusão e de forma modesta, para uso das escolas, o primeiro Atlas do País: Bernardino de Barros Gomes, Cartas Elementares de Portugal (p. 226); notas sobre a importância geográfica de tais documentos e da sua utilização.

291. “Francisco Hernández-Pacheco”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIII (25), 1978, p. 104-108.
Em “Notas e Recensões”, sobre a vida e obra de F. Hernández-Pacheco; “é muito vasta e revela tanto um espírito de larga curiosidade como o manejo seguro de métodos de investigação muito diferenciados: Fisiografia, Geologia, Tectónica, Paleontologia...” (p. 105); referências aos trabalhos mais importantes.

292. “La leçon de Carl Troll”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIII (26), 1978, p. 149-167, 1 fotografia, indicações bibliográficas, resumo em inglês.
Artigo sobre Carl Troll (1899-1975), a sua obra e principais ideias; viagens e acção como director do Instituto de Geografia da Universidade de Bona, e Presidente da UGI; fundador da revista Erdkunde,em 1947, e da série Colloquium Geographicum. Os conceitos de ecologia da região e de região geográfica; de geografia comparada das regiões montanhosas.

293. “L’occupation humaine de la Serra da Estrela”, Études Géographiques offertes à Louis Papy, Bordéus, 1978, p. 263-276, 6 figs. bibliografia.
Em colaboração com Suzanne Daveau. O quadro físico; o gado e transumância; a indústria têxtil; o povoamento da montanha; a Serra da Estrela no quadro de Portugal.

294. “A Terra e a variedade humana. As raças”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIII (25), 1978, p. 5-34, notas de rodapé, resumos em francês e inglês.
Artigo em que apresenta os temas seguintes: Raça e civilização. As três grandes raças. Pigmeus e Bochímanes. Raça e povo: três exemplos (os judeus, os ciganos e os parses). Mestiçagem e “apartheid”. Preconceitos e valores de civilização. Situação actual e destino das raças humanas.

1979

295. “África e América: visão comparativa há um século”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIV (27), 1979, p. 97-99.
Em “Notas e Recensões”, alguns apontamentos e comparações de aspectos físicos e humanos. “Analogia aparente que esconde profunda diferença no destino humano” (p. 99). A propósito de uma página de Elisée Reclus, em Nouvelle Géographie Universelle. La Terre et les Hommes, Paris, tomo XVIII, 1893.

296. “Compte rendu d’une excursion de géomorphologie dans le Portugal central”, Mediterranée,Revue géographique des Pays méditerranéens, Aix/Marseille/Avignon/Nice, 3, 1979, p. 59-70, 8 figs. bibliografia.
Em colaboração com P. Birot, S. Daveau, A. de Brum Ferreira, A. Godard, C. Grelou-Orsini, texto sobre os principais aspectos vistos durante a excursão da Comissão de Estudos “Géographie des Ensembles Cristallins” (Comissão Nacional de Geografia de França), em Maio de 1976.

297. “Décolonisation, enseignement et recherche scientifique”, Colóquio sobre Educação e Ciências Humanas, na África de Língua Portuguesa,20-22 de Janeiro de 1975, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1979, p. 281-286.
Foi um dos textos de base daquele Colóquio. Ver também as numerosas intervenções do autor durante o Colóquio, no mesmo volume.

298. “Uma dissertação sobre o relevo da Baixada de Guanabara (Rio de Janeiro)”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIV (27), 1979, p. 76-82.
Em “Notas e Recensões”, apreciação da tese de doutoramento em Geografia, de Maria Regina Mousinho de Méis, Contribuição ao Estudo do Terciário Superior e Quaternário da Baixada de Guanabara, apresentada na Universidade de Lisboa em 1976.

299. “Geografia, Ecologia, Ciências do ambiente”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XIV (27), 1979, p. 70-76.
Em “Notas e Recensões”, os conceitos de Geografia, de Ecologia (e Corologia) e de Ciências do ambiente; exemplos e referências bibliográficas.

300. “Malhando em ferro frio: o ensino da Geografia no Curso Secundário”, Diário de Notícias, Lisboa, 3 de Julho de 1979, p. 15-16, 2.° Caderno - Educação.
A Geografia e a História, devidamente ensinadas, abrem-se para os factos de ordem social e económica que constituem nestas disciplinas matéria fundamental, e que os respectivos docentes de modo algum podem ignorar; o conhecimento das sociedades humanas.

301. “Significado ecológico, expansão e declínio da oliveira em Portugal”, Boletim do IAPO, Lisboa, 2 (Ano VII), 1979, em separata, 72 p., 4 mapas em fim de texto, notas de rodapé.
Trabalho destinado a celebrar o Ano Internacional da Oliveira, escrito a pedido do Instituto do Azeite e Produtos Oleaginosos, em que se examinam vários aspectos geográficos relacionados com a oliveira.

302. “A Universidade e a criação científica”, Diário de Notícias, Lisboa, 13 de Novembro de 1979, p. 3-4, Secção - Opinião/Nacional.
Notas de introdução; os seus contactos com membros do Governo em domínios do ensino e da investigação científica; aspectos da investigação entre nós; núcleos de criação científica; o Centro de Estudos Geográficos; os homens de ciência.

303. “Geografia e Civilização: Temas Portugueses”, Colecção Espaço e Sociedade, Horizonte. 161 p. 48 est. Reprodução a 10 edição, de 1979.
livro com “correcções mínimas”.

304. “O Alcorão em português”, Diário de Notícias,Lisboa, 30 de Setembro de 1980, p. 2, Secção – opinião.
“Portugal está profundamente ligado ao Islame”, pela história, pela língua. Os contactos de Portugal com o mundo muçulmano (na Guiné, em Moçambique, na Índia, em Timor); algumas experiências pessoais. O artigo foi escrito por motivo da edição do Alcorão pela Junta de Investigações Científicas do Ultramar, em texto fixado por José Pedro Machado; referências ao seu valor e oportunidade de tal edição.

305. “Camões e a geografia”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XV (30), 1980, p. 153-199, notas de rodapé, resumo em francês.
Conhecimentos de Camões; Camões, Humboldt e a cosmografia da Renascença; poeta e observador; as fontes geográficas e cosmográficas de Camões; significado da viagem de Gama; a descrição geográfica de “Os Lusíadas”; a vegetação de “Os Lusíadas” e o comércio das espécies; realismo de um mito; a limitação patriótica de Camões; Camões e um geógrafo contemporâneo; exemplo da exploração das obras líricas; estudo científico de “Os Lusíadas”.

306. “Le caroubier, ses conditions naturelles, son expansion, ses rapports avec l’agriculture”, Portugaliæ Acta Biologica, Lisboa, Série A, XVI (1-4), 1980, p. 3-10.
Comunicação a um Simpósio sobre a Geratonia Siliqua L. no mundo mediterrâneo; a alfarrobeira no Algarve, específica dos terrenos calcários.

307. “O desenhador José Mourão (1911-1980)”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), Lisboa, XV (30), 1980, p. 243-247.
Homenagem a quem foi o primeiro desenhador a prestar colaboração ao Centro de Estudos Geográficos (desde 1943)e aí esteve durante 37 anos. “Ele não só amou o trabalho enquanto lhe permitia longa e dolorosa doença, mas amou o Centro, onde ainda vinha, uma vez por outra, trôpego e cansado, trabalhar... mais do que podia!” (p. 246).

308. “Geografia e reflexão filosófica”, Memórias da Academia das Ciências de Lisboa,Lisboa, Classe de Ciências, tomo XXI, 1980, p. 187-202.
Comunicação apresentada na sessão de 28 de Fevereiro de 1980; constitui um conjunto de algumas reflexões sobre aspectos geográficos diversos.

309. “Joaquim de Carvalho: Personalidade e Pensamento”, Biblos, Revista da Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Coimbra, LVI, (1980), em separata, 6 p.
Para o volume de Homenagem a Joaquim de Carvalho, “podia dedicar-lhe um trabalho de Geografia entrelaçado com a História e a Etnologia. Preferi deixar correr a pena na saudosa evocação de um professor da geração de meus pais, que me acolheu com interesse e com afecto quando um episódio da carreira universitária me fez passar em Coimbra nos anos de 1941 e 1942” (p. 1). Notas sobre o homem e a sua obra filosófica.

310. “Jules Daveau, botânico francês, ao serviço de Portugal”, Diário de Notícias, Lisboa, 8 de Julho de 1980, p. 2, Secção - Opinião.
A propósito do cinquentenário da morte de Jules Daveau, um dos criadores do Jardim Botânico da Faculdade de Ciências de Lisboa - a criação do Jardim e a sua importância científica; a obra botânica de Jules Daveau e a cerimónia aí realizada para assinalar a efeméride.

311. “Luís de Camões e a Geografia”, Diário de Notícias, Lisboa, 12 de Junho de 1980, p. 7, de “7.ª página” - Camões.
“Nenhum poeta deveu tanto à Geografia na inspiração, na contextura e em inúmeros pormenores da sua epopeia como Camões”. A Geografia na Idade Média, os geógrafos e o conhecimento que Camões teve deles. Referência a outros comentadores de Os Lusíadas, nos domínios da Cosmografia e da Geografia.

312. “Prefação”,em Dr. J. Leite de Vasconcellos, Etnografia Portuguesa. Tentame de Sistematização, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1980, Vol. VII, p. V-XVII.
Notas sobre a obra de Leite de Vasconcellos e os que se têm dedicado a ela; notícia de inéditos ou reedições leiteanos. “O presente volume da Etnografia Portuguesa, inteiramente organizado por Paulo Caratão Soromenho e Alda da Silva Soromenho, corresponde a uma rubrica única do plano - entidades míticas”, que enchem completamente as suas 600 páginas”; apontamentos sobre o tema.

313. “A propósito da reedição da Etnografia Portuguesa”,em Dr. Leite de Vasconcellos, Etnografia Portuguesa. Tentame de Sistematização, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Vol. I (2.ª edição), 1980, p. V-VIII.
À maneira de justificação da reedição dos volumes esgotados da Etnografia Portuguesa..

314. “Universidades sem professores”, Diário de Notícias, Lisboa, Março-Abril de 1980.
Três artigos sob aquele título: “Exame crítico do estatuto da carreira docente universitária”, D. N., 11 de Março, p. 13 e 16 do 2.° Caderno - Educação; “A carreira docente; tradição e inovações”, D. N., 25 de Março, p. 13 e 15 do 2.° Caderno-Educação; “Universidade e Ciência”, D. N.,8 de Abril, p. 13 do 2.° Caderno-Educação. Considerações da sua longa experiência; achegas para uma reforma do ensino superior, publicadas em diversas ocasiões; notas acerca do novo estatuto da carreira docente universitária; problemas da Universidade (carência de docentes, etc.); “Quanto a ‘filosofia que enforme este diploma’ não é preciso ser filósofo... para ver que não existe nenhuma!”, ao referir-se ao dito estatuto. “Se tivesse voz no capítulo, proporia apenas os seguintes graus na carreira docente: professor, professor assistente e assistente”. Continuação da crítica ao estatuto da carreira docente universitária; recrutamento e promoção, garantia aos docentes; injusto afastamento de professores; liberdade e responsabilidade na docência; remuneração diferencial e tempo lectivo. “O estatuto tem muita coisa má, que se deixou apontada e carece de ser revista quanto antes, e algumas inovações que se estimaria ver mantidas e não contestadas ou suprimidas”. “Mas o que o estatuto não garante, de modo nenhum, é uma modificação rasgada e inovadora da vida universitária, algo que pudesse pôr-se em paralelo com a Reforma Pombalina (apesar dos seus defeitos e fracassos) e com a Reforma de 1911, obra da Primeira República, que desejou, sem o conseguir, acertar o passo de Portugal com a vida científica europeia”.

315. “Três romances das ilhas”, Colóquio-Letras, 53, Lisboa, 1980, p. 35-45.
Orlando Ribeiro debruça-se sobre “Chiquinho, de Baltasar Lopes (1947), “páginas de trágica sobriedade” sobre as secas de Cabo Verde, nomeadamente na ilha de São Nicolau; O Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio (1944), “um romance rico, complexo, ensilvado e difícil como uma mata de inceiseiros” das ilhas açorianas, e o Ilhéu de Contendo, de Henrique Teixeira de Sousa (1978), com “finas análises de estrutura social” na ilha do Fogo.

316. “Reflexiones sobre el ofício de geógrafo”, Didáctica Geográfica, Instituto de Ciências de la Educación y Departamento de Geografia de la Facultad de Filosofia y Letras de la Universidad de Múrcia, Novembro 1980, p. 73-88.
Trata-se da tradução em espanhol da parte do artigo de Orlando Ribeiro, em Études de Géographie tropicale offertes à Pierre Gourou, Paris, La Haye, 1972, p. 69-92, já apresentado em nº., 246 desta Bibliografia.

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